Nadadores que vão representar MS ficam sem combustível na estrada
Competição começa nesta quinta-feira (3) em Brasília e pais que levavam os competidores ficaram no caminho
A mãe de um dos atletas que vai disputar o Torneio Centro-Oeste de Natação, em Brasília (DF), Vanessa Weber, ficou no meio do caminho. Eles decidiram ir por conta própria com dois nadadores de Campo Grande, mas o combustível do veículo acabou em Cassilândia, a 419 km da Capital. Os atletas vão representar Mato Grosso do Sul na competição que começa amanhã (3).
No município, todos os quatro postos de combustível estão desabastecidos de álcool e gasolina, tendo apenas diesel disponível. O posto de combustível mais próximo fica a 200 km de onde eles estão, em Rio Verde.
“Tentamos de tudo. Falamos com todas as pessoas envolvidas que conseguimos. Até mesmo o pessoal da barreira estava tentando nos ajudar. Ainda tem mais dois atletas saindo de Campo Grande hoje com a técnica para chegar na competição”, explica Vanessa.
Ela decidiu se hospedar em um hotel, dentro de Cassilândia, para não dormir na estrada. “Chegamos ontem aqui e dormimos no hotel para não deixar os meninos dormirem na rua. O campeonato começa amanhã, mas não podemos perder as provas de sexta-feira (4), porque são as que valem índice para o ranking nacional. E não tem previsão de reabastecimento dos postos da cidade, antes desse prazo”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com a Fundesporte. O diretor-presidente, Silvio Lobo, explicou que foram cedidos dois ônibus para transportar as equipes de nadadores e que não havia sido informado sobre a situação.
“Nós disponibilizamos os ônibus e a federação tomou a decisão de não ir por conta dos bloqueios nas estradas. Não temos como abastecer carro particular. Se não tem combustível na cidade, a situação é pior ainda. Mas vou tentar falar com o prefeito”, afirmou.
O presidente da FEDAMS (Federação de Natação de Mato Grosso do Sul), Marcello Vargas, também não estava sabendo da situação. “Fizemos uma reunião com todos os clubes ontem e resolveram não enviar os atletas devido as estradas bloqueadas. Como que íamos colocar um monte de crianças representando o Estado dentro de ônibus, sem saber se chegariam lá. Cheguei a falar com a Polícia Rodoviária Federal, tomamos todas as precauções e pelo que você (repórter) está falando, foi uma tomada assertiva para não ter acontecido isso, que esses pais foram para estrada de forma particular. Eles decidiram arriscar. Não podemos fazer nada”.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Cassilândia. Apesar do prefeito não atender as ligações, a chefe de gabinete, Gildete Ramos, respondeu a reportagem. Ela pegou o contato da mãe dos atletas e vai ajudar a buscar uma alternativa para ajudar a família a sair da cidade, rumo ao Distrito Federal.