Operário vence o Comercial em dia de retorno do público ao Morenão
Na volta do principal clássico de Mato Grosso do Sul para o estádio Morenão, quem levou a melhor foi o Operário, que venceu a partida por 3 a 1, sobre seu principal rival. Com um público de 6.751 pessoas, as duas torcidas voltaram ao estádio Morenão em grande estilo, prestigiando o este confronto, que já tem 44 anos de história.
O jogo começou com o Operário comandando o jogo, com mais posse de bola sobre o rival, tendo como tática controlar o meio campo, para criar as jogadas de perigo. Já o Comercial preferiu utilizar a estratégia de esperar o adversário e apostar no contra-ataque, com o time mais recuado.
A tática colorada funcionou e o time conseguiu criar boas jogadas e ter chances de gol, utilizando uma uma formação mais compacta, marcando bem a saída de bola do adversário. O Galo não ficou atrás e também produziu suas boas jogadas, mas não abriu o placar, em um Morenão que voltou a ter um bom público e a presença de famílias, para prestigiar o grande clássico do Estado.
O segundo tempo foi diferente, com o Operário em menos de um minuto chegando as redes do rival, depois de uma jogada que começou com Jorge cruzando no segundo poste, Wilson escorou para o meio da área e Leandro Diniz não perdoou, se jogando ao chão, para cabecear e abrir o placar no Morenão.
O gol abateu a equipe do Comercial, que não se organizou para reação e logo viu o Operário voltar ao ataque e chegar ao segundo gol, em jogada que iniciou com Igor Vilela, passando a bola para Eduardo Arroz, que invadiu a área e tocou rasteiro, até chegar para Wilson, que mandou para as redes, e fez dois a zero para o Galo, aos 11 minutos.
O domínio do Operário continuou, e aos 23 minutos do segundo tempo, chegou ao terceiro gol, marcado por Wilson, dando um toque por cima do goleiro, começando uma goleada no Morenão. O Colorado então resolveu reagir, e dois minutos depois, aos 25, fez o seu primeiro na partida, com Rodrigo Ost, que recebeu um passe na grande área de Luís Jorge e bateu no canto.
Público - A volta do clássico ao Morenão, trouxe consigo duas torcidas que em décadas atrás lotavam o estádio, transformando o duelo, em um dos principais confrontos regionais do País. O publico deste domingo foi de 6.751, sendo de 5.501 pagantes. No ano passado, em partida disputada no Parque Jacques da Luz, teve 1.400 pagantes.
O maior público do Comerário, que já existe há 44 anos, foi de 23.267 pagantes, em jogo válido pela Taça Campo Grande, realizado no dia 11 de agosto de 1974. Na partida de hoje, os torcedores voltaram a comparecer, tendo ingressos que variaram de R$ 20,00 a R$ 40,00 reais. Crianças menores de 12 anos não pagaram e mulheres apenas meia entrada, em todos os setores.
Torcida - O sentimento na hora de entrar no estádio e durante o jogo, foi de duas torcidas que gostariam de reviver os grandes momentos do futebol sul-mato-grossense, que tiveram seu ápice na década de 70, principalmente neste duelo. Muitas famílias vieram prestigiar e disseram que houve um interesse de voltar ao Morenão.
Também ouve espaço para os novos torcedores. Allyson Martinez, 22, estudante, nunca tinha frequentado um estádio de futebol e veio pela primeira vez ao Morenão, no ano passado, repetindo a dose no clássico.
"Eu gostei muito da reinauguração do Morenão, agora está bem bonito, torcida do Operário comparecendo, gritando bastante, muito boa a experiência de assistir ao jogo aqui", disse ele.
Já o jornalista Jhefferson Gamara, 23, disse que o clássico era o mais esperado do campeonato. " Ainda mais com a volta do Morenão, ficou muito mais bonito, a torcida comparecendo. Ver um campeonato se reerguendo, da cada vez mais vontade de voltar para o estádio, trazer família e amigos", avaliou.
Trânsito - A chegada da torcida ao Morenão não foi tão tranquila, houve um congestionamento na Avenida Costa e Silva, começando pela frente do Supermercado Atacadão, até chegar em frente ao estádio. Quem deixou para ir ao jogo na última hora, teve que esperar um tempo neste trecho e até chegou com alguns minutos de atraso no jogo.
(Colaboraram: Amanda Bogo e Nyelder Rodrigues)