Países entram em campo para partida inédita que une futebol e cultura
Enquanto as Olímpiadas agitam Paris, Belmar Fidalgo também é palco para encontro entre nações neste domingo
A Praça Esportiva do Belmar Fidalgo recebe neste domingo (28) a 1ª Copa Entre Colônias com a participação de representantes de diversos países. Em campo estão os times de futebol do Japão, Paraguai, Bolívia e Haiti que devem seguir jogando até 11h40.
Idealizador do evento, Márcio Rodrigues, de 55 anos, tem experiência em organizar eventos esportivos e foi em Brasília que se inspirou para fazer o encontro de hoje na Capital. O futebol de integração entre nações, segundo ele, é o tipo de evento que precisa continuar acontecendo.
“Já existe a integração por meio de feiras, festas e eventos culturais. Acredito que faltava para o esporte esse tipo de envolvimento e união para eles se conhecerem e promoverem o esporte entre eles”, afirma.
O convite aos times também foi possível com a contribuição de Irwing Ferreira, de 40 anos, que é descendente paraguaio. Ele destaca que esse momento é de fortalecimento para a cultura do país, pois os outros times já tem costume de se encontrarem para jogar. “Nós paraguaios nos reunimos para jogar futebol, tomar tereré, falar em guarani e ouvir polca paraguaia e os poucos times também estão promovendo isso”, comenta.
No Belmar Fidalgo o clima é de descontração e a palavra do dia é integração. A cada rodada, os times adversários entram com as bandeiras dos respectivos e após um registro é iniciada a partida.
Paulo Hokama, de 60 anos, vestiu a camisa do Japão e celebrou o resultado de 1x0 contra o Paraguai.Feliz, ele vê essa 1ª Copa Entre Colônias como um evento de confraternização, sem cunho político e que ainda tem a vantagem de promover a saúde.
Ednaldo Milos, de 32 anos, nasceu na capital do Haiti e está em Campo Grande desde de 2020. A partida de hoje, segundo ele, trouxe ânimo para a equipe e motivou até a participação de familiares. “Estou feliz de estar com as pessoas de outras nações”, garante.
Kossi Ezou, de 32 anos, é natural de Togo, da África e está no Brasil há 12 anos. Especialmente neste domingo, Kossi ficou com honra de representar a comunidade africana e países como Nigéria, Guiné, Cabo Verde, Angola, Senegal, São Tomé e Príncipe.
Na visão dele é essencial essa aproximação entre diferentes etnias na cidade para participar do esporte brasileiro que une as pessoas e torna possível conhecer novas culturas. A sugestão dele é que no próximo ano a palavra “Colônia” seja trocada por estar ultrapassada.
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