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As mulheres odeiam, mas Câmara cria Dia da Menopausa

Ângela Kempfer | 24/05/2023 06:00
Sessão na Câmara na manhã de ontem, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sessão na Câmara na manhã de ontem, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Menopausa - A mulherada tenta esquecer, mas a Câmara Municipal de Campo Grande quer até comemorar. Na linha de datas comemorativas, foi aprovada lei que cria a Semana da Conscientização sobre a Menopausa em Campo Grande. A fase dura, com calores insuportáveis, mudanças hormonais, entre outras alterações no organismo, atinge as mulheres lá pelos 50 anos e deve ser, conforme o texto proposto, “comemorada” na primeira semana de outubro.

Clima quente – A movimentação para a formação das chapas que disputarão comando da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul) fez esquentar o clima nas delegacias e na alta cúpula da Polícia Civil. De um lado, Marcelo Vargas, ex-delegado-geral aposentado e atual vice-presidente da entidade, tenta voltar ao poder formando chapa com Nilson Martins, titular da regional de Naviraí. Na oposição, outro delegado aposentado, André Matsushita, que terá Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), como vice.

Água para rolar – Muita água ainda deve rolar nesta semana, já que o prazo para a inscrição das chapas termina na sexta-feira (26). Na segunda-feira (22), quando a Adepol abriu prazo para a formação dos grupos, o secretário de Governo, Pedro Arlei Caravina, apresentou Vargas ao governador Eduardo Riedel (PSDB) como o candidato do “consenso”, com apoio inclusive do atual delegado-geral, Roberto Gurgel, mas rapidamente, houve levante da outra parte, que atraiu para a chapa opositora pelo menos cinco dos noves integrantes da diretoria da Polícia Civil e a maioria dos delegados regionais.

Plenário às moscas - Sessão na Assembleia Legislativa teve baixa significativa ontem. Muito foram acompanhar a abertura do Showtec, ao lado do governador Eduardo Riedel. Sem “corpo presente”, alguns deputados participaram de forma remota, mas rapidinho. Já o deputado Lucas de Lima chegou apenas para o “amém final”, quando o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), finalizava a sessão em tempo recorde.

Candidatura – Questionado sobre o que pode mudar com a filiação da prefeita Adriane Lopes que trocou o Patriota pelo PP, no cenário político que já tem o deputado estadual Humberto Pereira, o “Beto” (PSDB), figurando com um possível candidato a prefeito, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), preferiu não colocar o “carro na frente dos bois”. “Se por a política na frente, estraga a administração. Se a prefeita desenvolver boa gestão, a política vamos tratar depois”, disse Gerson.

Questões indígenas – Nas periferias, as aldeias urbanas acabam ficando esquecidas, sem asfalto, linhas de ônibus e postos de saúde. É o que concluiu o vereador André Luís Soares, o “Prof. André” (Rede), após audiência com lideranças na semana passada. Além disso, alguns indígenas não dominam o português e faltam intérpretes nos postos de saúde e outros serviços públicos.

Especial - Para discutir políticas públicas específicas aos 25 mil indígenas das aldeias urbanas, a ideia é criar uma Comissão Especial de Questões Indígenas. O presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), deu o aval e a comissão será aberta nos próximos dias. Se o grupo mostrar que o tema exige mais espaço, a comissão pode virar permanente entre as 24 que a Câmara já tem.

Novidade – O mais novo vereador por Campo Grande, Cláudio Serra Filho, o Claudinho Serra (PSDB), vai ser pai pela segunda vez, mas ainda não sabe o sexo do bebê. Foi a primeira coisa que ele falou ao discursar na sua posse, nesta terça-feira (23) na Câmara, onde ocupa o lugar de vaga de João Rocha (PP), que será secretário na Capital. A esposa do empossado, Mariana Camilo Serra, e o filho de 1 ano o acompanharam na cerimônia. Claudinho é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), e já foi secretário municipal de Fazenda da sogra. Ela também prestigiou a posse.

Vista rápida - O secretário de Saúde da Capital, ex-vereador Sandro Benites (Patriota), foi à posse de Claudinho. Com o colete personalizado, chegou, entrou no espaço reservado aos vereadores, cumprimentou os colegas e foi embora. Quem trabalha na Casa de Leis conta que é normal o secretário aparecer por lá, mesmo sem agenda com vereadores. Dizem que, caso ele não encontre quem procura, toma um café e se despede.

Alto astral - A deputada federal Camila Jara (PT) resolveu encarar a instalação da CPI do MST com alto astral. Chegou para o início dos trabalhos com sacola cheia de produtos orgânicos, vindos da agricultura familiar. “Tem suco, café e arroz”, listou a parlamentar que fez questão de oferecer uma degustação ao colega Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, que será o relator da CPI.

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