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Jogo Aberto

Delator e fita métrica, as armas no júri da morte de "Playboy"

Por Silvia Frias, Fernanda Palheta e Genifer Valeriano | 20/05/2024 06:00

Lista de material – À espera de mais um julgamento contra Jamil Name e seus asseclas, defesa e acusação traçam estratégias que serão adotadas na sessão para atrair a atenção dos jurados. Em comum, o uso de quadro branco, cavalete, canetas, ferramentas do Google Street View, vídeo, livros e matérias jornalísticas. O júri, ainda sem data marcada, se trata da morte de Marcel Costa Hernandes Colombo, o Playboy, morto a tiros em 2018, em um bar de Campo Grande.

Medição do crime – Chama atenção na lista da equipe do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) o pedido de autorização feito ao juiz da 2ª Vara do Tribunal do Juri, Aluizio Pereira dos Santos, para o uso de fita métrica durante a sessão de julgamento. Se a ideia é mostrar a distância dos disparos, vai usar poucos centímetros: Playboy foi executado pelas costas, com tiros de pistola 9 milímetros, à queima-roupa.

Fogo amigo? – A defesa dos réus também tem suas curiosidades, como a do ex-guarda municipal Marcelo Rios, que convocou como testemunha Kauê Vitor Santos Silva. O rapaz é apontado como o delator do plano de execução da milícia comandada por Jamil Name e Jamil Name Filho. Ele teria entregado um bilhete, escrito em papel higiênico, onde anotava as conversas ouvidas entre pai e filho em Mossoró, quando ocupava cela próxima. Atualmente, Kauê está preso no Complexo Penal de Bangu, no Rio de Janeiro.

Marketing – A deputada federal Camila Jara (PT) sentou a lenha no também deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho 03 do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Quinze dias depois que Rio Grande do Sul declarou estado de calamidade pública por conta das chuvas e enchentes, o parlamentar apareceu de jet ski em Eldorado do Sul (RS), passendo pela cidade inundada e falando da tragédia. “Turismo de catástrofe”, disparou a petista.

Marcelo Miglioli, Tereza Cristina, Adriane Lopes e a "ajudinha" para gravação (Foto/Reprodução)
Marcelo Miglioli, Tereza Cristina, Adriane Lopes e a "ajudinha" para gravação (Foto/Reprodução)

No ritmo – Faltando pouco mais de 4 meses para as eleições municipais, os pré-candidatos já colocam em prática, e à prova, todo o carisma diante das câmeras para as propagandas eleitorais. No sábado (18), Adriane Lopes (PP), que tenta permanecer na prefeitura da Capital, gravou com o titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Marcelo Miglioli e com a senadora Tereza Cristina (PP).

Ajudinha – Para conseguir enquadrar as três lideranças do PP na tela, a senadora, adepta da praticidade e de sapatos baixos, precisou de degrauzinho para ficar próxima da altura de Adriane Lopes, que estava de salto.

Farpas – Não rolou a combinação de cores na Avenida Afonso Pena, no cruzamento com a Rua 14 de Julho, no sábado, onde duas campanhas foram realizadas simultaneamente. O grupo dos conselheiros tutelares, que distribuía panfletos contra a violência sexual, no Maio Laranja, foi convidado a se retirar da área pelo pessoal do Maio Amarelo, que fazia ação contra violência no trânsito.

Sem autorização – Os manifestantes do Maio Laranja reclamaram da “expulsão”, e disseram que a justificativa é que não tinham ofício autorizando a ocupação do cruzamento. “Mas quem precisa de ofício para ocupar via pública?”, comentou um deles. Apesar da reclamação, cada um ficou no seu quadrado.

Geografia - É histórica a troca de MS por MT por autoridades e imprensa nacional. Ontem, foi a vez do comentarista da Globonews, Fernando Gabeira que, desta vez, nem fez confusão, só tirou o Pantanal do mapa de Mato Grosso do Sul. A mudança geográfica aconteceu quando questionou o biólogo Gustavo Figuerôa, do SOS Pantanal, se não seria melhor "separar o Pantanal do Mato Grosso", para que seja região autônoma, dirigida por comitê de bacia, se distanciando do governo estadual [do Mato Grosso].

Aulinha - O biólogo foi educado na correção: falou da importância dos comitês de bacia, principalmente do Pantanal, "que faz parte do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul" e acrescentou que é preciso "ir um pouco além". Explicou que não adianta gestão independente de bacia, pois, para proteger a área de planície, é preciso preservar o planalto, presente em áreas dp Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia e, por isso, é preciso envolver a BAP (Bacia do Alto Paraguai) como um todo. "Os comitês devem ser fortalecidos, mas tem que ter integração com a sociedade civil e poder público", finalizou.


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