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Jogo Aberto

Deputado de MS questiona 'erotização' em livros didáticos

Waldemar Gonçalves | 04/02/2016 06:00
Paulo Corrêa (o primeiro, à direita) ao lado do governador Reinaldo Azambuja, e já sem bigode (Foto: Marcos Ermínio)
Paulo Corrêa (o primeiro, à direita) ao lado do governador Reinaldo Azambuja, e já sem bigode (Foto: Marcos Ermínio)

Erotização – Em discurso na Câmara dos Deputados, ontem, o deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB/MS) cobrou que o Ministério da Educação reveja conteúdo de livros do Programa Nacional do Livro Didático 2016. Principalmente os que tratam da questão de gênero. Segundo ele, o material possibilitaria a erotização prematura de crianças com idades entre 6 e 10 anos.

Carga forte – Na visão do parlamentar, trata-se de uma “carga ideológica forte de que é comum famílias de gays e lésbicas, com adoção de filhos”. “Vão ser ‘ensinados’ sobre a bigamia, poligamia, bissexualismo e transexualismo”, emenda. O entendimento de Dionízio é que este tipo de material didático fere a Constituição, no que se refere à definir como base da sociedade a família formada pelo casamento entre um homem e uma mulher.

Dois pesos, duas medidas – Um dos poucos defensores do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), o deputado federal Carlos Marun (PMDB) discorda que sua intervenção tenha sido mera tentativa de dar mais tempo ao aliado. Vale-se do argumento de que age dentro do regimento interno da casa. Além disso, diz considerar estranho que seja cobrada pressa no processo contra Cunha, não acontecendo o mesmo em relação ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Legalidade – Marun diz que não defende Cunha, mas sim a legalidade. Voltou a comentar que não põe a mão no fogo pelo presidente da Câmara dos Deputados por alegar que não o conhece suficientemente. Agindo com tanta vontade no Conselho de Ética, imagine se o conhecesse.

Punição – Para Marun, a omissão de Cunha sobre contas pessoais no exterior durante depoimento na CPI da Petrobras não sustenta cassação de mandato. O deputado sul-mato-grossense admite afastamento do cargo de presidente e até mesmo suspensão do mandato, que já seriam punições graves, na opinião dele.

Sem bigode – O deputado estadual Paulo Corrêa (PR) rendeu-se a pedidos da mulher, Adriana, e desfez relação com um companheiro de mais de 30 anos: o bigode. O novo visual, sem a marca registrada de tantos anos, chamou a atenção durante a volta aos trabalhos na Assembleia Legislativa, nesta semana.

Não é o único – Corrêa não é o primeiro a abolir o bigode. Outros políticos, como o atual presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha (PSDB), e o ex-deputado estadual Jerson Domingos, atualmente conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), também têm histórico de aparar bigodes mantidos por décadas.

Mau exemplo – A assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande não gostou da opinião de vizinhos sobre o prédio da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) retratada em reportagem. Moradores próximos ouvidos pelo Campo Grande News classificaram como mau exemplo o pátio do órgão, onde há carcaças de veículos e material de construção aparentemente abandonados, potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo a assessoria, “o local está monitorado para que seja evitada a proliferação do Aedes aegypti”.

Nota retorno – O mesmo setor da Prefeitura também reclama que “não nos foi requisitada uma nota retorno a respeito do assunto”. 'Nota retorno' é o termo técnico para um pedido de informações por parte de veículos de imprensa à assessoria de comunicação da Prefeitura, caso algum representante do município não tenha sido procurado para falar de determinado assunto. Ocorre que, no caso em questão, o problema é visível além dos alambrados da sede da Seintrha, onde a reportagem tentou ontem pela manhã falar com o chefe da pasta, Amilton Cândido de Oliveira, que não atendeu a equipe, conforme informa texto da jornalista Natalia Yahn.

Na comissão – O deputado estadual Lídio Lopes (PEN) resolveu fazer parte do bloco dos tucanos, na Assembleia Legislativa, porque eles ofereceram uma vaga na principal comissão da casa, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação). Lídio já fazia parte desta comissão e não gostaria de ficar fora do colegiado neste ano.

(com a redação)

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