TJMS divulga notas da seleção que busca substituir monumento
Justiça pagará R$ 45 mil para ideia mais criativa de nova obra de arte
TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) divulgou, nesta quarta-feira (16), a ata de julgamento das propostas dos candidatos com inscrições habilitadas a participarem do concurso cultural que selecionará o novo monumento artístico a ser instalado na entrada dos plenários do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande.
Ao todo, os membros da comissão julgadora do concurso, formada por dois magistrados, dois servidores e um artista regional, todos nomeados pelo presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins, analisaram individualmente as propostas de 13 inscritos de acordo com as regras estabelecidas no Edital do Concurso do Monumento.
Segundo o edital, as obras sugeridas pelos artistas deveriam simbolizar "[...] a Justiça e o Direito, com elementos que remetessem à rica regionalidade sul-mato-grossense. Foram avaliados critérios como clareza, originalidade, harmonia com o entorno, formas e materiais para execução, bem como exequibilidade".
As fichas de avaliação da comissão julgadora também foram disponibilizadas. Já as notas ainda podem ser objeto de recurso dos candidatos que poderão ser encaminhados para o e-mail licitacao@tjms.jus.br, até as 23h59 do dia 21 de janeiro.
Conforme já noticiado, o TJ pagará R$ 45 mil a artista que fizeram as três melhores propostas de monumentos para substituir a Themis, deusa grega da Justiça, que há duas décadas “vigia” o Fórum de Campo Grande.
A nova estátua será instalada no cruzamento da Rua da Paz com a 25 de Dezembro. O Judiciário não informou o que fará com a escultura que hoje está no local, mas o plano é removê-la para outro prédio do Judiciário, apurou a reportagem.
Polêmica desde a instalação, em 2002, a deusa atual, de autoria do artista plástico sul-mato-grossense Cleir, primeiro gerou comentários pela exuberância e as formas voluptuosas usadas na releitura feita pelo escultor. Depois, em 2011, quando ganhou recauchutagem de R$ 15,8 mil, a estátua de 4 metros de altura ficou mais “bronzeada”, fazendo jus aos nove anos sob o sol de Campo Grande.
Mais tarde, em 2020, ela perdeu a venda, revelando olhos verdes, mas voltou a ser “cega”, numa referência à neutralidade da Justiça, em abril do ano passado.
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