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Após duas décadas, TJ fará concurso para trocar estátua da Justiça do Fórum

Prédio passa por reforma e previsão é de ficar pronto, com a nova estátua, em dezembro

Por Maristela Brunetto | 18/04/2024 14:03

Deusa da Justiça será substituída por estátua a ser escolhida mediante concurso (Foto: Alex Machado)
Deusa da Justiça será substituída por estátua a ser escolhida mediante concurso (Foto: Alex Machado)

A exuberante estátua da deusa grega da Justiça, Themis, deverá ser retirada da frente do Fórum de Campo Grande este ano. O prédio passa por reforma completa, para ampliar o número de salas, e a repaginada vai incluir a colocação de uma nova estátua, cujo artista será escolhido por concurso.

A ideia é amadurecida pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que vai procurar artistas para integrarem a comissão que selecionará a nova estátua a ser esculpida.

A deusa atual, de autoria do artista Cleir, sempre despertou a atenção e comentários, nos seus mais de 20 anos de existência. Ela chegou a perder a venda pela ação do tempo, em 2020, voltando a “ser cega”, como a imagem da Justiça, numa referência à neutralidade, em abril do ano passado. A exuberância e as formas voluptuosas despertaram atenção desde o início, numa releitura pelo artista do ideal das imagens gregas.

Presidente do TJMS visitou o Campo Grande News e falou sobre a reorganização do espaço no Fórum da Capital (Foto: Marcos Maluf)
Presidente do TJMS visitou o Campo Grande News e falou sobre a reorganização do espaço no Fórum da Capital (Foto: Marcos Maluf)

O prédio passa por reforma para substituição da fiação e redimensionamento das salas, trabalho com previsão de conclusão em dezembro. O presidente do TJ, desembargador Sérgio Fernandes Martins, contou, com exclusividade, em visita ao Campo Grande News, que, a substituição da estátua, reforma e a informatização possibilitaram diminuir o volume de servidores nas salas e, até mesmo, a movimentação.

Parte dos serviços passou a ser realizada na CPE (Central de Processamento Eletrônico), um trabalho só de movimentação de processos criado há dez anos, sem atendimento ao público. Nesse novo contexto, as salas amplas pensadas no final dos anos 90 acabaram se tornando desnecessárias.

Sala do Fórum de Campo Grande em obras: objetivo é dar mais agilidade ao trabalho do órgão. (Foto: Alex Machado)
Sala do Fórum de Campo Grande em obras: objetivo é dar mais agilidade ao trabalho do órgão. (Foto: Alex Machado)

A ideia é reduzir muitas delas para permitir a abertura de novas. O investimento é de R$ 6,3 milhões, criando novos espaços para receber cerca de dez varas. Uma delas deverá ser dedicada somente à liquidação de sentenças coletivas, como casos do consumidor, que podem envolver até milhares de pessoas. Martins contou que havia salas com até dez servidores, hoje contando com três.

Martins explicou que, além da reorganização do espaço, um ponto importante é a troca de fios e cabeamento. O Fórum tem serviço de internet fornecido por operadora contratada por licitação. Entretanto, o TJ vai se conectar à Infovia Digital, um serviço de alta velocidade que o Executivo Estadual contratou, via parceria público-privada, para expandir o sinal de internet a todo o Estado. É uma medida para ampliar a eficiência da navegação, “no interesse do jurisdicionado”, comentou o desembargador.

Um dos gabinetes de juízes que atuam no Fórum já repaginado (Foto: Alex Machado)
Um dos gabinetes de juízes que atuam no Fórum já repaginado (Foto: Alex Machado)

Reformas – O presidente informou que além do Fórum de Campo Grande e Sonora, em obras a serem entregues este ano, outra obra é a construção da unidade de Maracaju, lançada no final de 2023, com orçamento de R$ 8,4 milhões. No ano passado, seis reformas foram concluídas, mencionou Martins.

O Judiciário tem estrutura própria em 55 cidades. Em outras 24, em parceria com prefeituras e outros serviços da Justiça, serão entregues PIDs (pontos de inclusão digital), unidades com até dois servidores cedidos pela administração local e espaço para realização de audiências on-line ou presenciais. A oferta desse serviço foi uma cobrança do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Conforme o desembargador, Mato Grosso do Sul deverá ser o primeiro a ofertar em todas as cidades.

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