Em 1979, fazendeiro ainda açoitava trabalhadores em MS
Tempos das cavernas - Na semana passada, notícia de que a cada 6 dias um trabalhador é resgatado por trabalhar como escravo em fazendas de Mato Grosso do Sul, chocou pela frequência de casos em pleno 2023. A avaliação da maioria é que a situação não muda. Mas, por incrível que pareça, a coisa já foi bem pior aqui no Estado e muito depois da abolição.
Porteira do inferno - Reportagem do Jornal O Globo, de 1979, mostrou o caso de Rosa de Araújo que, corajosa, conseguiu fugir da fazenda Morro Limpo, percorrer 120 quilômetros até Campo Grande e denunciar que os trabalhadores eram açoitados, quando não cumpriam metas de produção ou se mostravam desobedientes.
Interno - Apesar de o Bioparque Pantanal ter ficado fechado para visitas no feriadão de Páscoa, a equipe fez publicações no Instagram oficial do local para mostrar os trabalhos internos feitos no sábado (8). “Porque aqui o trabalho não para”, diz um trecho em que mergulhador limpa aquários. Em outra publicação, a diretora-geral, Maria Fernanda Balestieri, mostra alguns anfíbios que farão parte do acervo vivo do lugar. “Novos integrantes”, descreve ela na gravação em que mostra pequenos sapos.
Fora do ar - Não é possível consultar os projetos de lei apresentados pelos vereadores por meio do site da Câmara Municipal de Campo Grande. Há mais de uma semana, as páginas estão fora do ar. Os endereços passam por mudanças e a Casa de Leis não deu ainda uma previsão de quando voltam a funcionar.
Sem acesso - Já o site da Câmara Municipal de Sidrolândia está fora do ar desde sexta-feira, dia seguinte à manchete sobre o "trem da alegria dos vereadores para o Nordeste", incluindo até assessor. A página da Casa de Leis exibe desde então o comunicado “502 Bad Gateway”, que surge quando há falha de comunicação entre servidores.
Viagem - Pagos para fiscalizar a prefeitura e elaborar leis, quatro vereadores receberam diárias de R$ 11 mil para participar de evento da UVB (União dos Vereadores do Brasil) em Natal, no Rio Grande do Norte. Dois levaram também assessores, tornando a viagem ainda mais cara: cada servidor recebeu diárias de R$ 9.900.
Gastança - A mais de 3.500 quilômetros de Natal, Sidrolândia, que elegeu os vereadores, tem moradores com renda média de dois salários mínimos (atuais R$ 2.604), conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, precisaria juntar todo o salário por quatro meses para obter os R$ 11 mil pagos em diárias a cada vereador pelo deslocamento entre 14 e 17 de março.
Repúdio - O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, publicou nota de repúdio contra postagens do professor Tiago Botelho (PT), que foi candidato ao senado nas últimas eleições. O deputado exibiu prints dos stories do petista e disse que as publicações “atacaram a fé cristã”.
Bandido morto - Uma das imagens publicadas pelo professor trazia uma frase muito usada entre radicais, contrários às leis que dão direito à ampla defesa e aos direitos humanos. “Bandido bom é bandido morto”, dizem os personagens que crucificaram Jesus. O professor quis dizer que a mesma “teoria” estaria justificando a morte de Cristo, já que ele foi considerado um bandido na ocasião de sua sentença.
Ameaças - Thiago publicou um vídeo para explicar a situação e mostrou a “avalanche” de mensagens com ameaças que recebeu em seguida, inclusive de morte. Ele disse que as publicações eram “conteúdos pedagógicos” para levar à “reflexão e a meditação de que a prisão e crucificação de Jesus foram cruéis”. Destacou que foi vítima de notícias falsas e finalizou: “Feliz páscoa e muito amor, inclusive para você que está me atacando”.
