Emendas na Câmara se dividem entre primo rico e primo pobre
Emenda das grandes - A entidade “Fazer o Bem Faz Bem”, fundada pelo vereador Eduardo Miranda (Patriotas), que doa próteses e muletas, segue campeã de emendas dos colegas na distribuição mensal do orçamento destinada pela prefeitura aos serviços de saúde e assistência e social.
Primo rico - Só no repasse de maio, publicado em edição do Diogrande, constam R$ 865 mil destinados por 13 parlamentares, alguns com valores elevados, como R$ 150 mil. Em abril, a ONG fundada pelo vereador Edu Miranda, como é conhecido, recebeu um recorde: R$ 1,3 milhão.
Me desliguei - Procurado, o vereador do Patriotas garantiu que não é mais presidente da organização. Segundo o parlamentar, que assumiu em 2021, desde a posse ele resolveu se afastar do cargo, “justamente para entidade receber emendas dentro da legalidade.”
Primo pobre - Outros vereadores fazem emendas menores, repassando para várias entidades, projetos sociais e iniciativas comunitárias. A Santa Casa, maior hospital do Estado, também mereceu repasses, mas bem menores: só R$ 235 mil, fruto da destinação de 11 vereadores, que variam entre R$ 10 mil e R$ 40 mil.
Apelando com força - Churrasco com leitão inteiro e costela farta. É o que a Assepen (Associação dos Empresários do Polo Empresarial Norte) prometeu à prefeita Adriane Lopes (Patriota), em troca de reunião para discutir a cedência de área publica para construir a sede da entidade.
Churrasco liberado - A promessa do almoço caprichado foi feita durante lançamento do projeto Adubando Oportunidades, na manhã desta quarta-feira (3), no Polo Empresarial Oeste. Os empresários estavam em peso e receberam resposta positiva da prefeita sobre o churrasco. Adriane destacou que tem todo o interesse em conferir o projeto e apoiar como for possível.
Coisa antiga - O presidente da Associação, Marcos Tavares, lembrou que já havia pedido a área ao ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), que deixou o cargo para concorrer ao governo. Mas agora começa tudo de novo, e a “chantagem" passou a envolver menu de alto padrão para tentar convencer a prefeita que assumiu há um ano.
Planos - A ideia da Associação é construir e gerenciar creche para funcionários, que poderia atender também outras famílias da região do Jardim Colúmbia, bairro no qual vive a maioria dos trabalhadores das empresas do polo. Cancela para controle de entrada, restaurante e até consultório odontológico estão no projeto.
Agora vai - A prefeita aproveitou para comentar que está confiante em, finalmente, colocar em funcionamento o Porto Seco, obra que demora 13 anos para ficar pronta, ao custo de R$ 30 milhões. O que anima a prefeita é a previsão de movimentar até 2,2 milhões de toneladas de mercadorias por ano, mas até agora é um “elefante branco”.
Esperança - Adriane garantiu que a prefeitura “está se preparando” para quando o porto se tornar viável, mas agora isso depende de outra obra, a da ponte sobre o Rio Paraguai, entre a cidade paraguaia de Carmelo Peralta e Porto Murtinho, a 439 quilômetros da Capital. No papel, a ponte já “esperou” cinco anos para começar a ser construída, o que ocorreu em dezembro de 2021 e não deve terminar antes de 2025.