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Empresários querem alternativa a tombamento de parque

Anahi Zurutuza, Maristela Brunetto e Jackeline Oliveira | 31/05/2023 06:00
Imagem de drone mostra complexo de parques em Campo Grande. (Foto: Fly Drones)
Imagem de drone mostra complexo de parques em Campo Grande. (Foto: Fly Drones)

Impasse – Se passar pela Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de lei que prevê o tombamento do Parque dos Poderes terá ainda de superar pressão setor imobiliário da Capital. Esta semana, carta assinada por 15 entidades demonstrando preocupação com a proposta foi enviada ao presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão. Os empresários e entidades que os representam temem que o engessamento da possibilidade de construção no parque e entorno impeçam novos investimentos.

Prospectando – A beleza do Parque dos Poderes é também o chamariz usado pelos empreendimentos imobiliários para atrair compradores. Dezenas de condomínios já abrigam famílias que têm o verde e largas avenidas como quintal de casa, mas a região ainda é muito visada por grandes construtoras, que querem ser ouvidas para propor alternativa ao tombamento.

Novo parque – Os vereadores de Campo Grande aprovaram nesta terça-feira autorização para a prefeitura trocar uma área de 10 mil m² que tem no Jardim Veraneio, região do Parque dos Poderes, por uma área de 27 hectares na região da saída para Rochedo, onde se encontra a APA (Área de Preservação Permanente) do Córrego Ceroula. Segundo os vereadores, a intenção é criar naquela região um parque natural, já que reúne várias belezas e atrações para o turismo e lazer, como a Cachoeira do Ceuzinho, a Cachoeira do Inferninho e a Usina Hidrelétrica do Ceroula.

Área redefinida – Recentemente, os vereadores votaram outro projeto sobre o terreno, reduzindo de 66.954 hectares para 56.580 hectares a dimensão da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Córrego Ceroula. A Prefeitura foi a autora do projeto e pediu a redefinição das dimensões porque quando a APA foi criada, no começo dos anos 2000, não havia um estudo apontando com precisão a extensão da área que precisava ser protegida no entorno do córrego.

Desafetando – Os vereadores ainda definiram a desafetação de uma área de 6 mil m² no Jardim Mato Grosso, saída para Sidrolândia. Com a retirada da destinação pública do imóvel, a prefeitura fica autorizada fazer transações como vender ou permutar. Só Marcos Tabosa e André Luis Soares da Fonseca foram contra. Ambos disseram que não conheciam a destinação pretendida para a área, já que o assunto tramitou em regime de urgência.

Lazer – A Câmara de Campo Grande também aprovou projetos sobre temas mais amenos, como o uso de praças e parques para a prática do skate, patins e patinete; a criação do Dia Municipal da Doação de Livros e do Incentivo à Leitura, a ser realizado em 16 de agosto; e ainda o Dia do Tereré, a ser comemorado em 1º de março, dia em que foi proclamado o fim da Guerra do Paraguai, em 1870.

Atenção – O presidente do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), coronel Angelo Rabelo, teve que dar puxão de orelha durante evento de certificação de carbono, no Memorial do Homem Pantaneiro, em Corumbá. Durante discurso, abriu parênteses para fazer o alerta: “Quero convidar quem está ali no coffee break antecipado, que fiquem atentos (...)” e voltou ao discurso. Alguns ligaram o “desconfiômetro” e voltaram ao lançamento do projeto. Outros, nem tanto.

Conselheiro – Corre entre alguns parlamentares o nome do deputado Marcio Fernandes (MDB) como possibilidade para o TCE (Tribunal de Contas do Estado), mesmo não havendo nenhuma vaga disponível. Os colegas se referem a ele como “nosso conselheiro”.  “Essa história começou entre os colegas que me perguntaram se eu tinha interesse e eu coloquei meu nome a disposição para ser a indicação da casa”, explicou o parlamentar.

Suplente – Nesta semana, coincidentemente, Diogo Bossay, suplente do MDB na Casa de Leis, conversa em “sala vip” com Fernandes, segundo o deputado, sobre a candidatura de Bossay para prefeitura de Miranda.

Placar indígena – Com votos dos bolsonaristas Luiz Ovando, Marcos Polon e Rodolfo Nogueira e dos tucanos Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande, e Geraldo Resende a Câmara dos Deputados aprovou projeto que restringe a demarcação de terras e enfraquece direitos indígenas. Contra a proposta, que agora vai para o Senado, ficaram Camila Jara, Dagoberto Nogueira e Vander Loubet.

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