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Mochi recomenda mais debate sobre projetos da Assembleia

Marta Ferreira | 28/09/2017 06:00

Recomendação - Depois de os deputados recuarem do projeto que tinham aprovado, alegando que não tinham as informações e dados da sociedade civil sobre o tema, antes da votação, o presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB) fez uma recomendação aos colegas. Disse que as comissões devem consultar os segmentos envolvidos antes de levar proposições ao plenário.

Sob pressão - Mochi se referiu ao projeto sobre a forma usada pelo empresariado para a cobrança de inadimplentes. Inicialmente foi aprovado que o devedor deveria receber uma carta de aviso antes de ser negativado. O Executivo vetou a proposta, que, ao voltar para a Casa, foi arquivada, debaixo de muita pressão dos empresários.

No aguardo – O líder do Governo, Rinaldo Modesto, ainda não pediu regime de urgência no Refis proposto por Reinaldo porque ainda aguarda o envio da emenda que vai trazer mudança no projeto. O pedido dos empresários é que seja possível parcelas os débitos com desconto de 90% nos acréscimos.

Questionamento – O presidente da Assembleia e outros deputados querem saber do governo porque houve tanta diferença entre a avaliação provisória e a definitiva dos índices de repasse do ICMS para os municípios. Chegou a dizer que tem prefeitura que não vai dar conta de pagar seus compromissos, entre eles salários de servidores.

Explicação – O deputado informou que acesso aos critérios para definição dos valores, já que recebeu muitas reclamações dos prefeitos. Um desses prefeitos é o de Costa Rica, Waldeli Rosa (PR), que já anunciou: vai à justiça pedir revisão dos repasses. Em tempo: Waldeli é pré-candidato ao governo em 2018.

Teoria - A abertura de um inquérito civil sobre um fato que ocorreu em 2015 é "estratégia" para desgastar sua imagem, disse o ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). A investigação a qual se refere é sobre o projeto de financiamento com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), para o Reviva Centro, proposta que o ex-chefe do Executivo alterou sem pedir autorização da Câmara, o que é obrigado por lei.

Tudo certo- O ex-prefeito defende que a ação em sua gestão foi dentro da legalidade, se baseando, inclusive, no fato de que seu sucessor, prefeito Marquinhos Trad (PSD), assinou o contrato para o projeto, que tem o valor de U$ 56 milhões, este ano.

E os outros? - "Vejo ações deste tipo contra mim o tempo todo", disse, questionando o por que a situação é diferente com outros órgãos e autoridades. O exemplo dado por ele foi a própria Câmara, que ano passado, quando vivia às turras com ele, aprovou a suspensão da cobrança da taxa de iluminação por seis meses. A atitude foi considerada inconstitucional pela Justiça, que determinou o retorno da cobrança. Mesmo a medida sendo colocada como irregular, até agora, nenhuma ação contra a casa de leis foi adotada.

Luto - O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), estava bastante sentido ontem durante compromisso oficial, depois de saber da morte do médico Syrzil Wilson Maksoud, aos 94 anos. O médico, dono do primeiro registro no CRM em Mato Grosso do Sul, era primo distante de Marquinhos.

Memória familiar - Ao falar do primo, o prefeito comentou uma curiosidade sobre o nome diferente de Syrsil. Segundo ele, os pais queriam homenagear tanto o país de origem da família, a Síria, quanto o Brasil. 

(Com Leonardo Rocha, Mayara Bueno e Anahi Gurgel)

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