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Pai de policial assassinado morre menos de uma semana depois

Marta Ferreira e Leonardo Rocha | 16/06/2020 06:00

Tristeza não tem fim – Os dias estão bastante difíceis para os parentes de Jorge Silva dos Santos, policial civil assassinado há uma semana em Campo Grande, aos 50 anos. Nesta segunda-feira (15), a família sepultou o pai do investigador de polícia judiciária, Raul José dos Santos, 75 anos. Ele estava adoentado e piorou depois da perda do filho.

Despedida – Raul faleceu no domingo (14) à tarde. Já bastante debilitado em razão de cardiopatia que o obrigou a implantar marcapasso, ele havia protagonizado cena emocionante na despedida do filho. Foi levado de ambulância para o velório, na quarta-feira passada.

Estresse emocional – Com tanta tristeza acumulada em poucos dias, os familiares ainda passaram por outro momento complexo. Segundo a coluna apurou, o hospital onde Raul morreu, a Santa Casa de Campo Grande, informou suspeita de covid-19 para o falecimento. Com isso, não haveria nem velório.

Correção – Segundo as informações obtidas, foi um erro, corrigido posteriormente na certidão de óbito. Quando isso ocorreu, porém, foi possível fazer apenas uma hora de funeral .

Pesar – A Polícia Civil divulgou nota de pesar sobre a morte, exatamente sete dias depois de ter feito o mesmo sobre “Jorginho” como era conhecido o policial morto junto com o colega Antônio Marcos da Silva Roque, de 39 anos.  “A Polícia Civil lamenta o ocorrido e externa condolências e solidariedade a familiares e amigos”, diz o texto.

Coincidências - Jorginho, como era conhecido, foi morto poucos dias depois de fazer aniversário. Ele havia completado 50 anos no dia primeiro de junho. O assassinato que chocou a Corporação foi no dia 9.

Realidade – Foram 74 boletins de ocorrência e seis prisões feitas pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) durante o feriado prolongado. Mas, mesmo com a média de 18 denúncias por hora, para as delegadas, foi “um plantão tranquilo”.

Comparação - Pudera. Num ano com números recordes de violência doméstica e feminicídios, cinco só até maio em Campo Grande, até um fim de semana aparentemente movimentado é tido como calmo.

Funcionário da Assembleia tem temperatura aferida. (Foto: Divulgação)
Funcionário da Assembleia tem temperatura aferida. (Foto: Divulgação)

Parada obrigatória – Como mais uma medida de prevenção, todos os funcionários que vão trabalhar na Assembleia Legislativa estão passando pela aferição de temperatura na entrada do prédio em Campo Grande. As pessoas que registrarem (temperatura) a partir de 37,5°C são encaminhadas ao setor médico ou orientadas a procurar uma unidade de saúde.

Menos contato – O sistema de trabalho na Assembleia tem funcionado em regime de escala nos gabinetes e departamentos da Casa de Leis, com equipes reduzidas. Já as sessões permanecem no modelo virtual, com a presença no prédio apenas do presidente, o deputado Paulo Corrêa (PSDB), assim como do 2° secretário, Herculano Borges (SD).

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