Pais reclamam ter de pagar até por ar-condicionado em escola
Gincana – Na primeira vez que Campo Grande enfrenta frente fria em 2023, a Escola Municipal Domingos Gonçalves Gomes, localizada na região do Bairro Pioneiros, sorteará rifa que arrecada dinheiro para comprar um aparelho de ar-condicionado. A venda ficou por conta dos alunos. A turma que vender mais, ganhará um passeio para o Bioparque Pantanal. Mas a ideia foi criticada por alguns pais, que não acham ser uma obrigação dos estudantes.
Não é luxo - A revolta, primeiro, é porque aparelhos de ar-condicionado hoje são considerados itens básicos para que alunos tenham o mínimo de conforto para estudar, o que seria responsabilidade do poder público providenciar.
Até pastelada – Pai de um dos alunos, de 31 anos, diz não concordar com “os fins da arrecadação”. “Acho que a Prefeitura tinha que arcar com essa despesa, não a escola, como eles sempre fazem aqui, pastelada e outras coisas, para juntar o dinheiro para mexer no estrutural da escola”.
Limpando a conta - Outra mãe, de 34 anos, terá de tirar do bolso o valor das rifas que o filho, de 10, pegou para vender. “Hoje em dia o ar-condicionado não é luxo, é uma necessidade. Ele se comoveu e pegou para vender, mas vendeu algumas e acabou perdendo o dinheiro”.
Autonomia – A Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que a iniciativa é legal. “As unidades escolares junto com as APMs (Associações de Pais e Mestres) têm autonomia para realizar ações sociais para a arrecadação de recursos próprios. A secretaria também realiza a compra de mobiliários e equipamentos necessários para as suas unidades escolares, que também recebem verbas do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) para este fim”, explicou.
Dinheirão - Só para manutenção e reparos, em fevereiro a APM da Domingos Gonçalves Gomes recebeu R$ 69 mil em recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação), conforme publicação no Diogrande.
Abacaxi Federal - Portaria do Ministério da Justiça nomeou o servidor Bruno Araújo Lobo para o cargo de diretor da Penitenciária Federal em Campo Grande, conforme publicação de sexta-feira no Diário Oficial da União. O ex-diretor, Rodrigo Almeida Morel foi dispensado da função.
Vai e volta - No dia 20 de abril, Morel já havia sido cedido para o Governo do Estado, com ônus da remuneração para a origem, ou seja, a União. No dia 4 de maio, foi nomeado para cargo comissionado na direção geral superior e assessoramento da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).
Na torcida - Apenas um sul-mato-grossense integra a lista homologada pela OAB Nacional com 34 candidatos à vaga de ministro do STJ. O representante de MS é o advogado Gustavo Passarelli da Silva, que há 25 anos atua na área, é professor de Direito Civil, foi diretor-geral da Escola Superior de Advocacia e eleito Conselheiro Federal Suplente em 2013.
Passo a passo - O próximo passo para a decisão será no dia 19 de junho, quando o Conselho Federal reduzirá os nomes a 6, encaminhando a lista sêxtupla ao STJ. Dessa etapa saem três nomes, que serão avaliados pelo presidente da República que dará a palavra final. Mas Passarelli é azarão na disputa. A imprensa nacional coloca três advogados com maior chance de levar o cargo: Daniela Teixeira (Distrito Federal), André Godinho (Bahia) e Luiz Cláudio Allemand (Espírito Santo).