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Jogo Aberto

Prefeito aumenta salário e causa burburinho

Anahi Zurutuza | 30/12/2017 06:00

No apagar das luzes - Em sessão extraordinária na tarde do dia 28, a Câmara Municipal de Bonito autorizou reajuste no salário do prefeito Odilson Arruda Soares (PSDB). O valor passa de R$ 18.780 para 20 mil e a proposta foi incluída em projeto de reforma administrativa enviada pelo prefeito.

Burburinho – A convocação de sessão extraordinária para votar o projeto causou burburinho. Bonitenses que fizeram contato com o Campo Grande News questionam o porquê da votação de última hora, faltando dias para o ano acabar.

Oposição - O placar foi de sete votos a dois. Um dos votos contrário, o vereador Geraldo Marques Filho (PDT) afirma que apresentou emenda para congelar os salários do prefeito e vice. 

Defesas – A presidente da Casa de Leis, Maria Lúcia Gonçalves de Miranda (PSDB), explicou que o projeto prevendo o novo organograma da prefeitura deu entrada no dia 6 de dezembro. “Não foi nada secreto”. Já Odilson argumenta que não receberá aumento, mas reposição de perdas com a inflação. “Em 2016, aumentou somente para os funcionários. Mas estão fazendo um Carnaval em cima disso”.

“Rasta pé” de fim de ano - A Secretaria Estadual de Cultura vai garantir a festa de Réveillon em algumas cidades e distritos de Mato Grosso do Sul. Em Silviolândia, distrito de Coxim, por exemplo, a dupla Gilson & Edmar vai receber R$ 7,6 mil por duas horas de apresentação no Show da Virada, que começa às 23h do dia 31.

“Barnabé” - Já a população de Sonora terá entre as atrações do Réveillon, como parte do projeto “40 anos de Mato Grosso do Sul”, a apresentação de Marcos Roker com o show “Barnabé: o musical dos botecos”. O show acontece no dia 30, a partir das 23h, na praça central, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, e custará R$ 35 mil.

Pacotão - Por fim, o grupo Trembão se apresentará por quatro horas e meia a partir da 0h do dia 1º na praça Central de Douradina, durante a festa de Ano Novo na cidade –que também integra o “40 anos de Mato Grosso do Sul”. Neste caso, foram pagos R$ 38 mil em um “pacote” de três shows, que incluíram apresentações em Batayporã e na Colônia Paraguaia, na Capital.

Tostão e milhão – Em entrevista, ao ser questionado sobre a previsão de gastos de campanha, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) disse que com 45 dias de pleito, a tendência é ficar mais barato. Ele ainda recorreu ao ditado clichê para comparar a sua campanha à de um de seus rivais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Será a campanha do tostão contra o milhão”.

Olho por olho... - André disse que os deputados do PMDB continuarão votando a favor de projetos importantes para o Estado, mas que precisam ter uma postura independente. Sobre a relação com o governo tucano, mencionou que depende do tratamento. "Tem que ser olho por olho e dente por dente".

Desafio – Puccinelli ainda disse que desafia as pessoas ou até a imprensa que diz que as rodovias implantadas por ele, durante sua gestão de 8 anos no governo estadual, estariam em péssimas condições. "Desafio eles a irem junto comigo visitar a rodovia MS-430 de São Gabriel do Oeste a Rio Negro e a MS-040 para verificar a situação delas".

(Com Aline dos Santos, Humberto Marques e Leonardo Rocha)

*Um das notas do Jogo Aberto foi alterada às 12h18 deste sábado (30) para a correção de uma informação. A reportagem havia dito que o vereador Jorge Luiz Soares de Figueiredo (PMDB) era autor de emenda que pedia para congelar os salários do prefeito e do vice de Bonito. Contudo, o vereador Geraldo Marques Filho (PDT) fez contato e informe que ele era o autor do pedido, enviando ao Campo Grande News documento que prova a apresentação da emenda assinado por ele. 

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