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Jogo Aberto

Vereador barrado por ser gay será pré-candidato a prefeito

Waldemar Gonçalves | 04/04/2016 06:00
Miss indígena Silmara Terena à direita do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (Foto: Leonardo Rocha)
Miss indígena Silmara Terena à direita do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (Foto: Leonardo Rocha)

Venceu o respeito – “Vocês se lembram do Ailton? Que desejava ser candidato a prefeito de Amambai e foi barrado por ser gay? Pois é, ontem fui a Amambai e de forma legítima ele será o pré-candidato a prefeito de Amambai, do Partido da República. Não ao preconceito. Venceu o respeito!”. A postagem da deputada estadual Grazielle Machado no Facebook, na sexta-feira (1), resume a história recente do PR no município de fronteira.

Pelo interior – A movimentação dos partidos pelo interior, diga-se, segue grande. Ontem, por exemplo, o deputado federal Zeca do PT postou que esteve sábado em reunião com correligionários e aliados em Rio Verde. “Uma vibração com a cor vermelha predominante”, escreveu o petista.

Delação seletiva – Zeca do PT também lançou mão do Facebook para espalhar um vídeo do canal de humor Porta dos Fundos. O conteúdo é puramente político, é claro. “Delações seletivas: a comédia imitando a realidade”, postou Zeca.

Delação premiada – Em “Delação Premiada”, um parlamentar denuncia políticos por corrupção, mas nada interessa a um sonolento policial até ele ouvir “arroz de lula” do delator, que àquela altura falava de um prato consumido em um jantar em Paris. “Machado, pode pedir o mandado, pegamos o Lula”, diz o 'policial'.

A culpa é deles – Participando de um ‘abraço simbólico’ na sede do MPE (Ministério Público Estadual) ontem, o secretário de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, entrou tanto no clima da manifestação – pedindo justiça no encaminhamento da Operação Coffee Break – que culpou gestões anteriores pela epidemia de dengue na cidade.

Desde a criação – O discurso de culpar antecessores pelos atuais problemas da cidade, além de usado incansavelmente pelo prefeito, Alcides Bernal (PP), não é uma exclusividade do pepista e sua turma. Ainda durante o ato no MPE, ontem, houve quem falasse que a criação de Mato Grosso do Sul, em 1977, foi para beneficiar a “família política” no poder desde então.

Jogos quentes – Os 11º Jogos Indígenas de Campo Grande começou por volta das 10h de domingo, quando o calor já era forte na Praça Elias Gadia. Os atletas tiveram que se superar para conseguir competir nas primeiras provas de atletismo e de futebol de campo, que começaram já perto do meio-dia, com a terra torrando a não menos que 35º C.

Miss duradoura – Além das lideranças indígenas, prefeito e secretários, a miss indígena de Campo Grande, Silmara Terena, estava no Elias Gadia, representando as mulheres da comunidade. Ela participou da solenidade de abertura dos Jogos Indígenas e tirou fotos com as autoridades. Detalhe curioso é que o concurso que venceu foi em 2012. "Depois não tiveram mais edições, por isso continuo no posto”, disse ela.

Prefeito paraguaio – O secretário de Governo da Capital, Paulo Pedra, comentou em seu discurso que há pessoas fazendo "politicagem" nas aldeias indígenas, mas que os integrantes não devem ser iludir com as promessas, devendo inclusive expulsar este tipo de intruso. "O prefeito (Alcides Bernal) valoriza muito a comunidade, já que ele é metade guarani, descendente de paraguaio".

Tribal – Bernal justificou suas origens tribais. Ao discursar, falou em três idiomas de etnias diferentes, entre eles o próprio guarani. Depois, perguntou se eles tinham entendido o recado. Alguns confirmaram, outros ficaram em dúvida. Ele voltou a citar o "golpe que sofreu" e diz que os indígenas serão bem atendidos no restante da sua gestão.

(com redação)

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