Apê de 25 m² é sonho realizado de casal de MS no meio de São Paulo
Apartamento foi criado pelo famoso escritório Doma Arquitetura, para um casal de MS que adora visitar SP
Lar é morar onde faz bem e isso nem sempre significa ter casa gigantesca. O “respiro” dentro da rotina pode acontecer até mesmo dentro de 25 metros quadrados, em um bairro movimentado da capital de São Paulo, desde que sejam feitas adaptações inteligentes e com coragem.
No Instagram que já conquistou quase 1 milhão de seguidores, o Doma Arquitetura, ambientes incríveis fazem a gente sonhar com apartamentos ou casas coloridas cheias de detalhes. Mas, recentemente, um projeto executado superou e muito a avaliação estética. O mais bacana: foi feito para um casal de Campo Grande (MS), que teve a chance de comprar um apê de apenas 25 metros quadrados e ver o que parecia “cubículo” virar uma casa laceada.
Eleita por dois anos a arquiteta mais influente da internet, Patricia Pomerantzeff foi a arquiteta que se dedicou à criatividade e transformou o espaço comprado pelo casal em um apartamento completo, que abriga confortavelmente uma família.
Além da beleza dos detalhes, todos os elementos ali buscam funcionalidade e, ao mesmo tempo, tornar um apartamento pequeno em refúgio para os moradores, que frequentemente saem da casa grande em Mato Grosso do Sul e vão para a vida agitada de São Paulo.
Respeitando o pedido de privacidade dos clientes, Patricia não revela o bairro que o apartamento fica em São Paulo, mas lembra de um pedido especial dos donos: o de ter um lar rodeado de concreto com elementos que os aproximassem da natureza já conhecida em Mato Grosso do Sul.
Por isso, o verde através da marcenaria é tão evidente e representa essa aproximação, Assim como a palha e a madeira rústica. “Traz um charme bem jovial e a sensação de estar em uma cabana, de um ambiente mais rústico, o que era um pedido deles”, lembra Patricia.
Os acabamentos chamam muita atenção e surpreendem pela beleza e funcionalidade em total harmonia.
Ambientes que inspiram – Além disso, cada milímetro foi aproveitado, fazendo ambientes compactos parecerem maiores do que realmente são.
Na porta de entrada, uma chapelaria charmosa conta com um banco que pode ser usado como baú para esconder uma escadinha ou vassoura da casa. Esse espaço fica ao lado do cantinho do café.
Patricia acabou levando o azul marinho como cor monocromática para dar sensação de amplitude. O azul continua no estofado do banco de canto alemão. Já a cozinha traz um verde que também é contraste das cores mais frias com as cores quentes, como a madeira usada em toda marcenaria e a palha que vai do guarda-roupa ao forro do quarto.
Os armários com cara de painel tinham puxadores tipo toque, para ficar bem “painelzão” mesmo. “Mas eles são pouco práticos no dia a dia, por isso, acabamos instalando esses puxadores bolinha. O que trouxe um charme bem especial sobre a madeira e palha”, destaca Patricia.
Já o banheiro miudinho, como ela mesma define, ganhou espaço com a porta de correr. “A sensação de amplitude aumenta com a luz natural, que entra através do vidro nessa mesma porta.”
No quarto, o forro se tornou a estrela do ambiente e faz muita gente querer abandonar o forro branquinho.
A escolha do forro de palha e madeira foi para delimitar o espaço da área de descanso, em apartamento todo integrado. “Sim, ele faz com que nosso olhar seja interrompido. Mas aqui, foi nossa intenção. A estrutura usada foi exatamente a mesma de um forro de gesso acartonado.”
A arquiteta também escolheu uma gravura nos mesmos tons do projeto, para a obra de arte fazer parte da composição toda.
Ainda falando em soluções criativas, uma bancada da cozinha com tanque oculto de tampa móvel ficou perfeita para quem precisa de tanque, mas não tem lavanderia.
Patricia também colocou a mesa redonda, bem no centro do projeto, como o centro das atenções. “E essa foi a intenção. O tampo em madeira de demolição se destaca entre a marcenaria em MDF laminado. O pendente também aponta para esse ponto especial, se tornando o coração da casa.”
Para Patricia, embora tenha encontrado dezenas de espaços minúsculos para transformar nos últimos anos, o projeto para família de Campo Grande foi surpreendente.
“O desafio é sempre novo”, diz. “Os clientes têm uma listinha de desejos muitos específicos, difícil repetirem a mesma história. Algumas coisas que a gente vê em outro projeto é possível repensar, mas a gente pode sempre pensar algo novo para os projetos. Esse projeto especificamente é um espaço que se multiplica, que não ficou claustrofóbico, temos ali bastante respiro. O tempo todo as cores e os elementos trazem essa sensação de amplitude”, finaliza a arquiteta.
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