Apê é prova que ambiente pode ter 2 funções sem perder o charme
Soluções foram colocadas em prática para dar funcionalidade sem enlouquecer à procura de espaço
Madeira natural, linhas retas e diferentes funcionalidades marcam a decoração deste apartamento de 307 metros quadrados, situado no bairro Royal Park, em Campo Grande. O imóvel com projeto de interiores assinado pela arquiteta Júlia de Sá, pertence a uma família que estava em busca de um apê que abrigasse todos os itens da casa antiga que eles sempre amaram, além, claro, de conforto e elegância para receber amigos e familiares.
Com um conceito de integração em algumas áreas, o living se une com a sala de TV. Já a sala de jantar tem porta de correr que é capaz de integrar ou tornar o ambiente mais intimista, soluções colocadas em prática para dar funcionalidade sem enlouquecer à procura de espaço.
Os revestimentos também foram pensados para casar com os tons mais neutros do mobiliário, pedido dos donos que desejavam executar o mesmo projeto feito por Júlia em 2017, mas que só pode ser finalizado em 2020, porque a construtora só entregou o imóvel em 2019.
“Era um apartamento no “osso” sem piso, sem gesso, sem revestimentos. Eu já havia feito, ao longo do tempo, o antigo apartamento da família. A única coisa que eles sentiam era deixar o antigo lar, os vizinhos e amigos, por isso, queriam espaço para guardar e organizar tudo como no antigo apartamento”, explica Júlia.
O estilo segue uma base neutra e “atemporal “, segundo a arquiteta, que também aposta em detalhes minimalistas na quantidade de materiais. “Optei pelo porcelanato no piso da área comum e nos quartos a nobreza da madeira para ter o toque natural e aconchegante. Nos banheiros e lavabo usamos o mármore, já living e gourmet, o destaque é a parede e os revestimentos madeira freijó. Um jogo elegância e aconchego”, destaca.
O que se destaca no projeto é o living e gourmet que ganham funcionalidades diferentes pelo uso dos revestimentos de madeira.
“Hoje, eu acho que todos os ambientes tem que ser usados e vividos. Esse apartamento não tinha uma sala de TV, então quis sugerir que a TV, que normalmente é usada pela família, ficasse escondida, para que a sala também pudesse ser o living”, diz.
Antigamente, lembra Júlia, as casas tinham aquele living na entrada do lar que acabavam ficando sem uso, esquecidos, obsoletos. “Por isso optamos por essa dupla funcionalidade para que nenhum canto da casa ficasse esquecido”.
O mesmo conceito foi utilizado no gourmet. “Não tinha necessidade de 2 cozinhas, seria um investimento duplo para ter cozinha e área gourmet. Por isso, unificamos. Criei a ilha de trabalho e, ao invés de uma simples parede, optamos pelas portas de correr para fazer essa função. Assim, quando há um almoço ou jantar mais descontraído, tudo se une. Quando o evento é mais formal, as portas de correr formam um painel lindo e aconchegante”, explica.
Tudo isso contrapondo com a tela “viva” do apê, que é Parque das Nações. “Vale destacar que uma boa marcenaria foi capaz de executar todas essas ideias”, acrescenta.
No lavabo outro detalhe delicado chama atenção, a presença de uma escultura de beija-flor. “Minha cliente perdeu a mãe no caminhar da obra. Na casa da mãe dela, ela recebia diariamente a visita de beija-flor. Então ela se encantou com essa obra de arte do Adriano Baruffi, e quis criar uma memória afetiva, sugeri colocarmos no lavabo porque já havia projetado com um nicho espelhado, o canto perfeito para duplicar a imagem dos pássaros e conciliar com as plantas que são naturais, mas permanentes”, finaliza.
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