Casa sem uso há 11 anos vira estúdio minimalista para arte e fotografia
Arquiteta transformou residência que agora é cenário perfeito para ensaios fotográficos e obras de arte
Em 2012, a casa de 5 mil metros quadrados foi cenário para a mostra de arquitetura Morar Mais por Menos, desde então o lugar ficou sem uso, com itens deixados na desmontagem do evento. Depois de 11 anos, a arquiteta Silvia Vieira enxergou na residência o potencial para transformá-la em um novo local de trabalho, que hoje chama atenção pelos detalhes.
Quando Silvia chegou ao local a convite da fotógrafa Liziane Fuchs, encontrou a casa com alguns revestimentos quebrados nas paredes, forro de madeira comprometido pela falta de manutenção, sem fiação elétrica, sem portas ou janelas. “Fizemos praticamente tudo, aproveitando apenas o esqueleto da estrutura existente”.
A casa tinha um potencial enorme, com espaços amplos, localizada no coração da cidade. “Justamente por ser um estúdio de fotografia, muita coisa foi transformada, mas também uma parte da construção foi preservada, especialmente as partes externas, em que a cliente precisava do espaço aberto para criação dos seus conteúdos e desenvolvimento do seu trabalho”, conta Silvia.
A princípio seria somente estúdio de fotografia. “Mas a cliente me convidou para abrir o meu escritório e ateliê de artes enquanto a obra acontecia. Topei e agora estamos com esse espaço lindo destinado a arte e cultura”.
O ponto de partida para a transformação da casa foi buscar uma arquitetura leve e moderna ao mesmo tempo. “Por ser um local em que a própria estrutura precisa ser versátil, o espaço é totalmente mutável, pois precisa ser neutro e ao longo do trabalho feito, ele é modificado com móveis e decoração”.
De acordo com Silvia, a casa pode ser considerada minimalista. “Boa parte da área externa tem uma vibe mediterrânea, com a parede branca, textura orgânica e muito verde. O paisagismo valorizou ainda mais o imóvel. Já a parte interna, tem um toque mais industrial e dinâmico. O que as pessoas mais gostam é da fachada e do nosso lounge de entrada, com as plantas e texturas”.
A escolha do branco se deu pela leveza e sofisticação. “Não tem erro, sabe? Inclusive é uma característica muito forte da arquitetura minimalista. Brancos e neutros”.
Com isso, nos últimos meses, todas as pessoas que entram na casa têm a mesma reação: “Uau! Como a fachada é totalmente construída, sem grades, cria-se uma curiosidade do que tem dentro do imóvel. Optamos por fazer algo discreto para quem passa na rua, até mesmo para não expor o cliente que está sendo fotografado dentro. Mas quando as pessoas acessam a casa, todos ficam impactados com a leveza do lugar e sentem muita paz. É extremamente gratificante."
Confira a galeria de imagens:
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