Casal decora imóvel para manter clima de Natal e vira atração no Santo Antônio
A casa no estilo colonial americano, na rua Pedro Medeiros, no bairro Santo Antônio, a cada ano surpreende a vizinhança e atrai curiosos, que se encantam com os enfeites natalinos.
Os proprietários, a aposentada Elizebeth Grisolia, de 62 anos, e o marido, o arquiteto Júlio César Diniz, de 55, contam que o ritual de enfeitar a residência para o dia 25 de dezembro começou há 7 anos, para alegrar a data do ano que, que para eles, vem se perdendo. “Gosto desde criança, isso vem de berço”, comenta Elizabeth, sobre a paixão por festas de fim de ano.
“Todos começam a perguntar quando que vamos começar a decorar”, lembra Júlio, que neste ano começou a decorar a casa já no dia 2 de novembro. "Mas ainda falta coisa e que tudo estará pronto somente neste final de semana", avisa.
A maioria dos arranjos é comprada em lojas convencionais, de decoração. Mas alguns detalhes são confeccionados por eles mesmos, como as cortinas e as capas de almofadas e cadeiras. O casal contabiliza que já foram gastos mais de R$ 5 mil. “Não é barato, mas se tornou mais prazeroso do que caro”, diz Elizabeth. Para ela, o problema maior é quando chove, com trabalho redobrado, para recolher os objetos.
A rua da casa é linha de ônibus do bairro e quem está dentro da lotação se contorce para ver o local, que mais parece uma casa de boneca. Segundo Elizabeth, no começo da noite, é o período de maior movimentação. “Batem palmas e pedem para tirar fotografias”, conta.
Pela alegria das pessoas, a casa decorada se tornou uma forma de aliviar os sintomas da depressão. “Isso me anima, me sinto mais feliz”, afirma a proprietária.
O boneco de papai Noel, que até dança, custou R$ 1,3 mil e para o Natal, Júlio garante que vai encher a sacola de brinquedos e distribuir para as crianças da vizinhança.
É a vontade de levar mágia, pelo menos, uma vez ao ano. “As pessoas não enfeitam mais a casa, a tradição se perde ano a ano. As crianças nem acreditam em Papai Noel”, reclama.