Casinha de vila inspira decoração sem medo e com pouca grana
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Uma casinha de vila em um condomínio sem muros, onde jardins coloridos ou verdes são como bom dia para vizinhança, uma decoração despretensiosa, objetos decorados no ‘faça você mesmo’... Esse delicado conjunto é o que faz a residência da analista de sistemas Ruth Nicolle Marques, 33 anos, ser visto pelos amigos e seguidores no Instagram como um modelo de casa aconchegante e fácil de fazer se você não tiver preguiça.
A casa de 41 m² de área construída transborda aconchego nos detalhes, todos feitos por ela e pelo marido. “Eu sempre gostei de decoração, assinava uma revista focada em coisas mais simples, fácil de fazer e com custo-benefício mais acessível. Eu marcava o que mais gostava depois pesquisava como fazer e alternativas mais em conta, depois comecei montar pastas com referências no Pinterest e Instagram”, explica Ruth, que é mais conhecida como Nicolle e compartilha suas ideias no perfil @casa_1697.
Em relação a fazer tudo sozinha dentro de casa ela justifica na mão de obra especializada um custo mais alto. “E ter pessoas estranhas em casa com gatos é meio complicado, por isso evitamos e preferimos fazer. Eu gosto mais de fazer esse tipo de serviço do que meu esposo, mas ele me ajuda com o serviço mais pesado”, conta.
Morar na casinha era um sonho desde que viu o condomínio construído em 2009. “Passava de ônibus na parte de trás da construção e tinha vontade de morar aqui, quando visitei o decorado me encantei e tive certeza que iria morar nele”.
Nicolle sempre teve vontade de morar em condomínio para ter uma vizinhança sem muros e onde as pessoas pudessem mostrar seus jardins que, mesmo com as fachadas iguais, são diferentes pela personalidade nos detalhes. “Acho fofo”, resume.
A casa é definida pela dona como um ‘ser vivo’ que está em constante transformação. Uma plantinha nova na parede, um vasinho pintado em um canto, uma parede grande que dá lugar ao famoso cimento queimado e a mesa de jantar que perdeu a cor sem graça para um azul mais vivo.
“As mudanças acabam sendo ditadas pelo custo-benefício. As paredes já sofreram algumas mudanças até chegar à forma como está hoje. Eu sempre quis uma casa mais aconchegante, que tivesse cor, plantas, detalhes delicados e tons em madeira, e ao mesmo tempo algo minimalista, é difícil explicar. Acho que não tenho um estilo definido, eu gosto muito de livros, filmes, viagens e séries e meu esposo também, então usamos muito essas referências e acabo trazendo um pouco disso para a decoração da casa”.
Definir uma paleta de cores foi o que levou mais tempo, lembra. “Gosto muito de azul e queria poder deixar isso em evidência. A primeira pintura na sala tinha uma parede num tom bem forte de azul e era linda, mas a parede acabava achatando a sala e não conseguia colocar outras cores no ambiente, então fiz algumas pesquisas e percebi que tinha que mudar a parede para uma base mais neutra. Nessa pesquisa me apaixonei pelo tal efeito cimento queimado, cheguei a pesquisar como fazer com massa corrida e pigmentos, mas já errei ao tentar chegar aos tons de cores, então nesse efeito achei melhor comprar”.
Quando Nicolle foi à loja encontrou opção já pronta. “Eu segui as instruções de aplicação e usando somente uma espátula fui passando conforme explicava. Em um dia estava tudo pronto e com os móveis no lugar, para as outras paredes escolhi um tom de azul clarinho. Hoje é a primeira coisa que as pessoas notam ao entrar em nossa casa”.
No início teve bastante erro de produção, mas ela nunca teve receio. “Sempre que compro uma prateleira, já penso no suporte que vai ficar legal no que vou por nessa prateleira. Ou vejo uma plantinha já imagino em algum cantinho especial, isso acaba tirando qualquer medo”.
Quando decidiu pintar as paredes e portas sabia que não iria ficar no padrão de um profissional, porém, com o tempo, ela viu os erros diminuindo. “Ainda tem uns borrões que ficaram, mas que no fim eu até gosto, pois sei que tem meu esforço e dedicação ali, e também é gratificante quando recebo meus amigos e eles elogiam com carinho esses detalhes sem nem perceber as imperfeições, fico muito orgulhosa da minha casinha”.
Nicolle diz que além da decoração, conquistou uma casa cheia de sentimentos, de referências da família, do passado e do futuro. “É como se ela também tivesse sua personalidade. Quanto ao planejamento, por mais que eu faça a maior parte das coisas, tem o custo e tem coisas que não dá pra fazer, daí tenho que pesquisar preços, encontrar promoções e garimpar na internet. Eu sempre tenho uma listinha, aí vou comprando conforme necessidade e custo, o segredo é ter a listinha para não perder o foco e comprar coisas desnecessárias ou por impulso”, ensina.
Tem uma casa ou decoração no estilo 'faça você mesmo' que gostaria de compartilhar? Manda pra gente e vamos contar sua história aqui no Lado B. As sugestões podem ser enviadas pelo Facebook, Instagram, e-mail: ladob@news.com.br ou WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.