Com cores e cartas dos amigos, Manu conquista apê cheio de afetos
A jornalista campo-grandense Manuela Barem mora há 10 anos em São Paulo (SP) e está em seu terceiro apartamento. Ela sempre gostou de entender como cada ambiente dentro de casa funciona e qual o propósito dele para quem vive ali dentro. E isso tudo de uma forma muito amadora, mas não menos importante para quem olhar a própria casa com amor e descobre na decoração intuitiva um “rio” de possibilidades que preenchem paredes, cantinho e estantes com muitas cores.
Manuela, ou Manu para os amigos campo-grandenses, gosta de dizer que vê cada parede como uma tela em branco. “Onde eu possa fazer uma coisa diferente nela. Por isso, ao passear pela casa a decoração vai se transformando. Tem ambiente que é mais decorado que o outro porque assim vou entendendo o que é mais funcional ou não”, explica.
Ela procurar aplicar no dia a dia a ideia de que a decoração pode falar e muito sobre o morador da casa, e isso não significa investir fortunas em mobiliários de design e que as vezes não fala absolutamente nada sobre quem vive ali. E isso a fez enxergar durante a pandemia que a casa está muito mais legal que começou a espalhar coisa que lembram momentos felizes dela e do marido.
“Comecei com isso quando descobri que este é o segredo das pessoas que fazem as decorações que eu mais curto. A casa fica com mais personalidade quando se decora com guardados de viagem, fotos, peças de vestuário e outras coisas bem específicas, aliás, me dá um prazer enorme quando vejo um objeto quase que beirando o esquisito na decoração”, declara.
Entre as mudanças, recentemente ela colocou peças de pedra que seu avô fez há mais de 40 anos no escritório, bem na altura dos seus olhos, o que a deixa feliz todo dia ao lembrar dele. “Ele foi embora quando eu tinha uns 3 anos de idade”, lembra.
Já a lateral da geladeira está cheia de bilhetes e cartas que Manuela recebeu dos amigos na quarentena. “Recomendo esse truque de decoração, especialmente pra quem é daqueles que ama guardar um guardanapo de restaurante, mas não sabe o que fazer com aquilo depois. É uma espécie de redenção dos acumuladores”, brinca.
Muitos detalhes estão na decoração porque Manuela deu um jeitinho de usar. “Ao invés de deixar guardado, prefiro expor para que remetam a coisas legais”.
Um dos cantinhos, além de bem decorado, fazem a campo-grandense matar a saudade do amado Estado. “Inseri na decoração o berrante que ganhei de uma amiga. Ele me lembra MS, compõe um cenário legal do barzinho e, ao lado, na outra parede, há dois chapéus de palha do meu marido que tem família no Nordeste, além de uma espora que ele achou quando era criança, e tudo isso conta a nossa própria história dentro da casa”.
Pela casa há muitos objetos de viagem e presentes de amigos, como a bandeira que veio do Pelourinho, a folha que veio de outro país, um pano de prato de uma viagem de lua de mel. “Eu acredito bastante nessa parte da afetividade e na personalização da casa. A gente lembra um pedaço da nossa história e quem estava na nossa vida. Então sei que a casa tem esse papel de me lembrar quem eu sou, e agora sou casada, temos duas histórias por todos os lados”, finaliza.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.