Construída em 1967, casa em meio a prédios é ilha de tranquilidade
Família se reuniu para reformar a casa, herança de família, e torná-la um ambiente charmoso e aconchegante no meio de prédios
Nossa casa é nosso templo, nosso refúgio do trabalho, da rotina, e que muitas vezes serve para nos reconectar com quem somos. Em Dourados, mais especificamente no Jardim América, a casa do jornalista Fábio Dorta é uma ilha de tranquilidade em meio a dezenas de prédios e casas de luxo.
Com cara de casa de vô e vó, aquelas de chácara, a casa destoa da arquitetura a seu redor, misturando madeira e tijolos a vista, assim como parte do interior.
O proprietário conta que a casa foi uma herança dos pais. “Eles compraram o terreno que é bem amplo, 12x50, em 1967, ano em que eu nasci, no ano seguinte fizeram a casa. Por pelo menos duas décadas foi nossa morada, depois nos mudamos e a casa foi ocupada por alguns familiares e inquilinos. Até que há cerca de dois anos, como o imóvel é muito antigo e não estava mais em boas condições passamos a utilizá-lo apenas como um local para guardar alguns móveis antigos e outros pertences da família.”
A ideia da reforma veio do filho deles, que é corretor de imóveis e adora carros e itens antigos. “Decidimos encarar o desafio, no começo era pra ser uma reforma mais simples, com o início das obras alguns problemas estruturais foram surgindo e decidimos usar a criatividade para fazer a transformação e acabou que mudamos bastante. Foram mais de quatro meses de obra.”
Como dissemos, o conceito da decoração nasce desses objetos mais antigos restaurados, de utensílios que, de alguma forma, lembram a casa de nossos avós, casas mais antigas.
“À medida que encontramos os problemas de estrutura, começamos em pensar a forma de enfrentar essa questão e mesmo assim preservar a essência da casa, a história dela. Então a Fátima, minha esposa, assumiu as rédeas das mudanças, mas todos ajudaram com ideias, principalmente os pedreiros, todos com experiência. Surgiram então as colunas com tijolo a vista, as portas de madeira com vidros, tiramos todo o forro e colocamos a metade da forração nova praticamente grudada no teto, transformamos dois quartos pequenos em um grande e construímos um ateliê para a minha esposa”.
Fátima atua como executiva na área da saúde, mas nas horas vagas gosta de restaurar móveis e peças de gesso. “Em cima do ateliê fizemos um mezanino que ficou um quarto do Bruno e do meu neto o Raul, que tem oito anos, e passa muito tempo com a gente. A decoração do mezanino foi feita com bancos de um Opala SS, que é a paixão de ambos”.
O banheiro e a cozinha foram totalmente repaginados. As paredes da casa foram construídas com peroba que o filho de Fábio Dorta usou uma lixadeira. “Ele usou a lixadeira e muita criatividade, transformou a sala, a cozinha e a parede dos fundos, pra mim, em verdadeiras obras de arte. Também utilizou parte das madeiras retirada e transformou em mesinhas e aparadores. Coisas que parecem simples, mas transformaram o ambiente”.
Mas para Dorta, o ponto alto da mudança foi a parte dos fundos. “Criamos um ambiente com presentes dos amigos e lembranças das nossas viagens, com uma iluminação colorida de LED, que fez toda a diferença. O espaço grande no quintal também possibilitou fazer dois espaços de lazer a descanso bem amplos”.
A casa fica no Jardim América, um dos bairros mais antigos de Dourados e fica no centro da cidade. Antes era apenas residencial, com casas terras, hoje se tornou uma via gastronômica com restaurantes com vários tipos de culinária, bares bem movimentados e tem lojas, principalmente de roupas, além de escritórios de advocacia. “Também foram erguidos mais de uma dezena de prédios de apartamentos, pelo menos dois de alto luxo, então nossa casa e algumas outras, acabam se destacando pela arquitetura diferente. Mesmo rodeados pela modernidade, nos sentimos confortáveis”, finaliza Dorta.
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