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Arquitetura

Edifício histórico passa por reforma para voltar a ser hotel no Centro

Thailla Torres | 19/10/2016 08:01
Edíficio da década de 30 voltará a ser hotel. (Foto: Alcides Neto)
Edíficio da década de 30 voltará a ser hotel. (Foto: Alcides Neto)

Após anos fechado, o Edifício José Abrão, construído na década de 1930, deve ser reativado no Centro de Campo Grande. O prédio do antigo Hotel Americano foi alugado pelos proprietários do Hotel Center Plaza, que fica ali pertinho, na Rua Cândido Mariano, e a ideia é reabrir aos hóspedes até o fim do ano.

Revestido de pó de mica, típico do estilo “art décor”, é o primeiro prédio de três andares da cidade. Chegou a ser reformado para receber consultórios odontológicos, mas a obra acabou embargada pela prefeitura e até então as salas dos dois andares continuavam fechadas. Agora, o que se vê são operários trocando vidraças e trabalhando até em fins de semana no local.

A família que alugou o prédio preferiu não dar entrevista até o hotel estar em pleno funcionamento e com todas as documentações em dia,o que indica que nem tudo está 100% para o projeto vingar desta vez.

Mesmo assim, a reforma está bem adiantada. No terceiro andar, quartos já estão prontos e a pintura em dia.

Já no segundo andar, trabalhadores finalizam a pintura, gesso e piso. Algumas janelas antigas também foram trocadas e deram lugar aos vidros temperados. O hotel irá atender com 29 quartos, restaurante, salão de festas e cozinha. 

Salão ainda vai receber gesso e terá piso restaurado. (Foto: Alcides Neto)
Salão ainda vai receber gesso e terá piso restaurado. (Foto: Alcides Neto)
Pintura já está sendo finalizada. (Foto: Alcides Neto)
Pintura já está sendo finalizada. (Foto: Alcides Neto)

O prédio nunca foi administrado pela família e sempre alugado. Dessa vez o contrato é de 8 anos.

A arquiteta Luciana Abrão, cunhada de um dos netos do construtor, fala que a herança finalmente vai ter um destino merecido. "Voltar a funcionar é muito importante, uma glória, porque ficou muito tempo fechado. É um prédio histórico que precisa ser utilizado", comenta.

Para manter a estrutura e as características, Luciana explica que o contrato deixa claro as regras de uso. "Não vai alterar em nada na fachada. Ela será revitalizada e só vão colocar para funcionar do lado de dentro, refazendo forro e pintura", esclarece.

A estrutura do hotel tem duas escadas, uma frontal e a outra lateral, que precisam ser adaptadas para receber um elevador e assim respeite as leis de acessibilidade e segurança.

O processo para o tombamento do prédio histórico está em trâmite, mas não é algo que a família veja com bons olhos. "O processo para tombamento não foi a gente que solicitou, inclusive, é algo que não beneficia em nada o prédio", diz a arquiteta.

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