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Arquitetura

Entre fotos e berrante de Helena Meirelles, museu é homenagem à dama da viola

Local foi inaugurado dia 10 de dezembro em Bataguassu e guarda memórias da musa do sertanejo raiz

Alana Portela | 15/12/2019 07:42
Helena Meirelles com seu famoso chapéu e viola nas mãos. (Foto: Reprodução)
Helena Meirelles com seu famoso chapéu e viola nas mãos. (Foto: Reprodução)

A musa da viola caipira Helena Meirelles ganhou museu em sua homenagem em Bataguassu, a 335 quilômetros de Campo Grande. O local foi inaugurado no dia 10 deste mês e agora eterniza as memórias da violeira. Os fãs que visitarem o espaço terão a oportunidade de ver de pertinho o violão, berrante, roupa e até fotos da artista.

Helena nasceu em 1924 em Campo Grande, mas viveu por algum tempo no Distrito de Nova Porto XV, em Bataguassu. O talento era tanto que conquistou Mato Grosso do Sul. Aprendeu a tocar violão com seu tio durante as festas promovidas pelo avô. Acreditou no seu potencial e não teve medo encarar os desafios.

Quando adolescente, saiu de casa para viver da música se apresentando nas cidades, tocando sertanejo, polca, animando as festas com fandangos e outros. Com seu jeito “simprão”, chapéu e dedos afiados ela fez da viola o instrumento da vida e hoje é um dos principais nomes da música pantaneira.

A paixão pela música era tanto que até em casa ela tocava para a família. (Foto: Reprodução/Facebook Helena Meirelles)
A paixão pela música era tanto que até em casa ela tocava para a família. (Foto: Reprodução/Facebook Helena Meirelles)
Helena montada no cavalo com seu chapéu e capa para se proteger da chuva no campo. (Foto: Reprodução/Facebook Helena Meirelles)
Helena montada no cavalo com seu chapéu e capa para se proteger da chuva no campo. (Foto: Reprodução/Facebook Helena Meirelles)
Várias pessoas foram conferir a abertura do Museu Helena Meirelles que ocorreu no dia 10 deste mês. (Foto: Divulgação)
Várias pessoas foram conferir a abertura do Museu Helena Meirelles que ocorreu no dia 10 deste mês. (Foto: Divulgação)

A violeira também teve prestígio internacional quando foi reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da viola caipira, em 1993. Na época, foi eleita uma das 100 melhores instrumentistas do mundo pela revista Rolling Stone, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas. Em 2012 foi incluída pela mesma revista na lista dos 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão.

Faleceu em 2005 deixando saudades e a memória de uma mulher guerreira, que não desistiu dos sonhos. Contudo, seu talento não é esquecido tanto que Helena ganhou documentário “Flor de Guavira”, que fala sobre sua história. Campo Grande também eternizou a violeira, que dá nome a concha acústica do Parque das Nações, onde são realizados shows.

Neste mês, os moradores de Bataguassu foram presenteados com o museu inaugurado pela prefeitura em parceria com a Fundação de Cultura do Estado. Além dos objetos da violeira, o local conta com imagem do padroeiro da cidade, São João Batista e da Nossa Senhora dos Navegantes.

Os moradores entraram no museu para ver as fotos que estão na parede. (Foto: Divulgação)
Os moradores entraram no museu para ver as fotos que estão na parede. (Foto: Divulgação)

Ainda tem uma galeria com imagens de ex-prefeitos, peças indígenas de etnias que estiveram presentes na fundação de Bataguassu. Na parte externa do museu estão esculturas que retratam a cidade, como tuiuiú, garça, cupinzeiros e tamanduá-bandeira feitas pelo artista plástico Cleir Ávila.

O museu ainda deve receber exposições permanentes e temporárias, estudos, pesquisas, oficinas etc. O espaço funciona de terça a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h (horário de Brasília) e fica localizado na rua Ribas do Rio Pardo, 376, próximo ao Fórum da cidade.

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Do lado de fora estão esculturas de cupinzeiro, tamanduá-bandeira e tuiuiú feitos pelo artista plástico Cleir Ávila  (Foto: Divulgação)
Do lado de fora estão esculturas de cupinzeiro, tamanduá-bandeira e tuiuiú feitos pelo artista plástico Cleir Ávila (Foto: Divulgação)
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