Grupo gaúcho se despede, mas garante “listão” criativo ao uso de locais públicos
Por meio de experiências, equipe organizou diretrizes que serão somadas ao projeto Reviva
A equipe do TransLAB.URB, coletivo de Porto Alegre (RS), se despede de Campo Grande amanhã (22), mas com a garantia de diretrizes que ajudarão a cidade a bem ocupar os espaços públicos, especificamente, Esplanada Ferroviária, Mercadão Municipal e a Rotunda.
Os trabalhos em parceria com a Unidade Gestora de Projetos da Prefeitura de Campo Grande duraram 35 dias. Antes de passar por aqui, o mesmo projeto foi feito em São Luís (MA), em 2018, e até hoje gera ações de impacto positivo para a população. Para que todos entendam, o coletivo se juntou à sociedade civil e privada para pensar novos usos dos espaços públicos.
O que a população quer? A jornalista Sheila Uberti, de 29 anos, e integrante do coletivo, explica que as atividades são pensadas para coletar os desejos da população. Algumas são mais lúdicas para trabalhar com crianças e outras mais objetivas com perguntas e propostas sobre o que deve ou não ter acesso.
“No Maranhão a gente entregou o relatório mais interno do conteúdo com dados, do perfil das pessoas que passaram pelo laboratório, mas o qualitativo também foi disponibilizado para o público. Aqui não será diferente”, explica.
Algumas atividades estruturantes são repassadas com orientações, mas o conteúdo e a velocidade da dinâmica são preenchidos com o que as pessoas querem.
“O pessoal tem falado muito sobre ter um espaço como a Esplanada, mas também o armazém, o acesso ao pátio, para simplesmente ter um ponto de encontro para grupos de mobilidade. As vezes sair um pouco universidade dar uma aula aqui, fazer uma projeção de filme. Porque esses espaço já são usados para eventos aos fins de semana. Mas a gente percebeu que foi muito recebido essa possibilidade de uso para outras formatos”, explicou.
Dentre as opções ouvidas e discutidas no último mês estão a abertura da Esplanada para aulas e cursos, além de mobiliário prático no estacionamento do Mercadão para garantir a parada da população no local.
Essas informações discutidas e coletadas vão compor um relatório de diretrizes. Esse documento vão acompanhar a chamada da licitação para o projeto de requalificação: O Reviva.
“A gente não escreve o projeto, a gente escreve as diretrizes. Achamos bem rica a experiência e teve bastante envolvimento da população civil, iniciativa privada, da cultura da mobilização. Teve bastante adesão das universidades. Então isso faz parte da metodologia do projeto a gente faz ativação com vida e provoca esses quatro grupos para participarem”, garante.