Motel mais famoso ‘foi com Deus’ e já tem lugar barganhando a luxúria
Motel SeqSabe, que já foi cenário de muitas experiências, está abandonado e tomado pelo lixo
Motéis sempre são ambientes pitorescos. O motel SeqSabe, na Avenida Euler de Azevedo, nunca fugiu à regra. Aberto na década de 80, viveu tempos de glória como ambiente de fuga e de refúgio para uma escapada gostosa, ou não, a qualquer hora do dia. Mas em seus últimos anos, a decoração peculiar não despertava tanto interesse. Os quartos com texturas em madeira foram virando morada para o cheiro de cigarro impregnado. Lá dentro, uma atmosfera… duvidosa eu diria.
Esse cenário fechou as portas no final de 2021. De lá pra cá, só histórias. A pior delas, pelo menos para a vizinhança, é o abandono. Com estrutura mais tomada pela destruição do que pelas boas memórias, o lugar virou alvo da vizinhança que tem se incomodado com o acúmulo de lixos no local.
Muretas e janelas quebradas, colchões velhos, janelas arrancadas, vidros estraçalhados, roupas e sapatos jogados e muita poeira. Esse é o cenário atual.
Mas já tem gente barganhando com o abandono e despertando o desejo de quem passa em frente ao motel extinto. Uma placa dá dica de ouro para quem busca luxúria, é um motel que cobra "por minuto" no Parque dos Laranjais, a 850 metros dali.
Já o abandono tem gerado outras teorias pela região. “Parece que ficou assombrado”, diz o borracheiro Agnaldo Riquelme, de 46 anos. Há 19 anos morando na região, há dois ele acompanha o lugar fracassado, mas não esquece dos bons tempos por ali. “Ali era chique demais, já fui. Tinha piscina, tinha sauna, era bonito. Muito artista e gente famosa já esteve aí também”, garante.
A estranheza também chegou aos ouvidos do trabalhador autônomo Wescley Fernandes. “A gente que mora na região há muito tempo sempre ouviu falar dele. O motel foi muito famoso. De tempos em tempos, aparece alguém para dar uma olhada, mas é questão de tempo até moradores de rua invadirem”, acredita.
Em 2016, quando o local ainda funcionava, a fachada cinza deu lugar às cores do arco-íris. A repaginação foi uma escolha de uma das donas, Nilce Saito, para chamar atenção dos clientes. Mas o lugar só vingou até 2021.
Logo após o fechamento, o local chegou a ser colocado à venda por R$ 4,5 milhões, mas não há informações sobre compra. O anúncio já foi retirado das plataformas de venda de imóveis.
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