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Arquitetura

Para não perder R$ 18 milhões, prefeitura decide reformar a Feira Central

Projeto tem que ser apresentado até novembro para que verba seja mantida; entrega ainda não tem data prevista

Por Natália Olliver | 04/06/2024 11:49
Entrada da Feira Central, na Rua 14 de julho, em Campo Grande (Foto: Prefeitura de Campo Grande)
Entrada da Feira Central, na Rua 14 de julho, em Campo Grande (Foto: Prefeitura de Campo Grande)

Após discussão com feirantes e polêmica sobre a reforma da Feira Central, a prefeitura de Campo Grande decidiu que não vai abrir mão dos R$ 18 milhões angariados do governo federal para reforma do lugar e, para não perder a verba já conquistada, vai revitalizar o espaço. Entretanto, dessa vez, o projeto não vai alterar as características históricas da ‘Feirona’ como previa a proposta anterior, que foi para o ralo após negativa do Iphan/MS (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Segundo o titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Marcelo Miglioli, um novo projeto já está sendo pensado pela pasta. O prazo para a licitação vai até novembro deste ano. Caso a gestão não publique o edital de chamamento para a obra, o recurso voltará aos cofres federais. Marcelo comenta que se reuniu com os feirantes e com a Afecetur (Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande) para entender as demandas.

Entre os pedidos pontuados estão o melhoramento das lojas, cobertura, alternativas para cozinhas que são emendadas umas nas outras - o que segundo os feirantes, aumenta o calor no local -, além da parte elétrica e dos banheiros.

“Temos problema sério na parte elétrica que é sobrecarregada, os banheiros também Estamos estudando várias coisas, como as bancas de hortifrúti, elas esquentam, talvez criar um espaço destinado ao setor, é uma das alternativas, estamos analisando”. explica o secretário, disse Marcelo.

Conforme o secretário, o recurso foi adquirido com intuito de reforma e foi preciso solicitar ao governo federal que alterasse para ‘revitalização’. Só assim a verba poderia ser usada. Além dos R$ 18 milhões, o governo estadual também destinou R$25 milhões para reforma durante o primeiro projeto da ‘Nova Feirona’.

Porém, o repasse só seria realizado caso o projeto de responsabilidade da Prefeitura fosse aprovado pela Caixa Econômica e pelo Iphan. A reportagem questionou o secretário sobre o status do recurso, ele explicou que como o título da obra mudou de ‘reforma’ para ‘revitalização’ o valor da verba também mudou. A nova quantia só será calculada após apresentação do projeto ao governo estadual.

“A equipe própria da Sisep que está desenvolvendo o projeto. O prazo será o mais rápido possível. A feira vai entrar na prioridade. Já começamos a esboçar o anteprojeto. Acho que tem que ser um que tenha satisfação de todos. Que possamos fazer isso em prol da sociedade. Queremos a participação de todos”.

Ele acrescenta que, mesmo não precisando mais do aval do Iphan regional - devido a mudança do intuito da obra - vai apresentar a proposta ao Órgão através da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e posteriormente à Caixa Econômica.

Impasse - O projeto da ‘Nova Feirona’ vinha sendo debatido há seis anos. A proposta foi para o ralo após decisão de órgãos municipais e do Iphan/MS (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Mato Grosso do Sul, no dia 16 de maio desde ano. Ele foi apresentado pela Afecetur (Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande) em 2018 e na época contou com apoio da Prefeitura de Campo Grande.

Como a Feira Central está localizada em um espaço tombado, intervenções precisam seguir regras que respeitem o Complexo Ferroviário. A negativa do Iphan levou em consideração que o projeto iria contra a proteção histórica. Desde 2018 já haviam pareceres técnicos negativos do Instituto que se repetiram em 2020 e 2023.

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