Trepadeira de guaco transformou casa em pedaço do céu para Maria
Há 28 anos, a autônoma se mudou para o endereço e criou seu recanto aos poucos
De muros e portões baixos, a fachada da casa de Maria da Conceição Gomes, de 63 anos, foi transformada em um recanto cheio de verde no Bairro Amambaí. Enquanto as moradias vizinhas mantiveram o concreto predominante, ali, o espaço foi tomado por uma trepadeira de guaco, que transformou a residência em um pedaço do céu para Maria.
Em 1994, quando a área se tornou o lar da autônoma, a residência não tinha nada, explica Maria. Do que hoje ela considera um encanto, só mesmo as paredes e os muros com portões pequenos.
Acostumada a viver rodeada por plantas, a moradora decidiu que de um jeito ou de outro, iria conseguir tirar o ar cinza e substituir por uma aura mais colorida. “Primeiro, eu plantei um pé de maracujá, mas cortamos, porque foi secando. Depois, plantei uva, que também acabei tirando, voltei para o maracujá, mas aconteceu a mesma coisa. Só depois que consegui espalhar o guaco”, explica.
Foi mesmo com a trepadeira de guaco que o desejo por ter algo parecido com um jardim encantado se concretizou. Começando com uma muda pequena ao lado do muro, a decoração foi se espalhando e, hoje, toma toda a área de cobertura da garagem.
Além da plantação mais extensa, outra árvore foi inserida na lateral do espaço e, assim, veio também o amarelo. “Eu passava em frente a um hospital e sempre via essa árvore com flores amarelas, decidi pegar uma mudinha e depois de criar raízes, plantei aqui. Já está bem grande e se juntou com o guaco para preencher tudo”, diz.
Samambaias e outras plantas também se somaram ao cenário, mas ainda devem ganhar novos integrantes ao seu lado com o passar do tempo. De acordo com Maria, verde novo é sempre comemorado na casa.
Sentada na varanda, a moradora detalhou que no espaço, graças ao cenário mais aconchegante, é que se sente segura e tranquila. Tanto é que deixar a casa nas mãos das filhas é um marco dos grandes.
Sem se imaginar voltando para o lar e vendo que seu espaço poderia mudar, a autônoma garante que deixar de regar cada elemento requer muita conversa. “Eu e meu marido estávamos planejando uma viagem, mas fiquei pensando que ia deixar minhas plantas aqui e voltei atrás. Não sei se iam cuidar de tudo como eu cuido, já pensou se eu volto e tá tudo seco?”, brinca.
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