Apesar de considerar Juliana Zorzo escolha ruim, Fórum pede nomeação imediata
Desde que o prefeito Gilmar Olarte assumiu a prefeitura, toda a semana há um fato para deixar os artistas da cidade preocupados. Hoje, por exemplo, a declaração de que os evangélicos não terão mais “migalhas” fez alguns membros do Fórum de Cultura de Campo Grande se manifestarem publicamente em favor de uma administração sem qualquer tendência religiosa explicita.
Mas a prioridade agora parece ser a definição sobre quem assumirá a Fundação Municipal de Cultura. A vereadora Juliana Zorzo já foi convidada, aceitou, mas não estabeleceu data para assumir.
Ela também não convenceu a classe. Em nota divulgada há pouco, o Fórum de Cultura deixou clara a avaliação sobre a escolha. “Consideramos que a indicada não possui o perfil desejado para uma gestão pública cultural, perfil este que apresentamos ao prefeito”.
Mesmo assim, a entidade deseja sorte, mas avisa: “resguardamo-nos de antecipadas críticas, diante de um trabalho ainda não realizado, porém, seguimos vigilantes e atentos”.
Apesar dos pesares, o Fórum cobra a nomeação imediata, por conta de projetos parados por falta do gestor que ficará no lugar Júlio Cabral. Para certificar que não será “oposição", lembra ainda que “não tem e nunca teve um nome a ser indicado para a presidência da Fundac e seus membros também não pleiteiam qualquer cargo; caso, alguma pessoa for convidada a colaborar, a possível aceitação será por decisão pessoal da mesma, não refletindo posição do Fórum”
O grupo pede uma reunião, a ser agendada para o dia 29, próximo sábado, com Juliana Zorzo e a equipe técnica da Fundac,”para ouvir dela sua linha de ação frente à Fundação de Cultura, e sua posição frente às metas do Plano Municipal de Cultura e as prioridades elencadas pelo Fórum de Cultura”
Os artistas defendem uma gestão compartilhada e “que a atual gestão pública se paute pelas conquistas e garantias já conquistadas como politica pública para a cultura de Campo Grande, como o Plano Municipal de Cultura, Metas do Plano Municipal de Cultura, garantia da aplicação de nunca menos que 1% do orçamento municipal para a cultura, como prevê a Lei Orgânica do Município, execução e regulamentação do Sistema Municipal de Cultura, respeito e atenção à pluralidade e diversidade cultural do município, sem qualquer distinção.”