Araras e incêndios impactam atrizes nacionais nos bastidores de filme
Após gravarem em Três Lagoas, Leona Cavalli e Cat Dantas estão em Campo Grande
Em Mato Grosso do Sul desde sexta-feira (13), a equipe do filme “Nunca Te Prometi Um Mar de Rosas” passou por Três Lagoas e está em Campo Grande para seguir com as gravações. Ao Lado B, as atrizes nacionais Leona Cavalli e Cat Dantas contaram sobre como a primeira vez nas duas cidades foi impactante com o contraste entre a beleza das araras e as consequências dos incêndios.
Para quem está por fora, o curta-metragem é dirigido pelo sul-mato-grossense Aaron Salles e se passa em Três Lagoas. O filme gira em torno da relação entre Layla (Leona Cavalli), Jorge (Filipi Silveira) e a filha do casal, Ida (Cat Dantas).
Layla sofre com depressão e, por um tempo, abandona a família. Outro tema abordado é o TEA (Transtorno do Espectro Autista) de Ida e, em meio a isso, as dificuldades para que a família permaneça unida.
Tanto Leona quanto Cat estão conhecendo Três Lagoas e Campo Grande pela primeira vez. A atriz que interpreta Layla conta que já veio a Mato Grosso do Sul anos atrás e fez um passeio de barco pelo Pantanal. Justamente por isso, o impacto ao ver o cenário desta vez foi grande.
“Vir novamente foi chocante nesse aspecto, mas (os incêndios) são um problema do Brasil inteiro. É devastador, urgente, precisa ser prioridade máxima. É uma coisa muito triste porque, além da nossa sobrevivência como espécie, vivemos há pouco uma pandemia e ficamos todos de máscara por consequência de um vírus externo. Agora, vivemos isso com todo mundo de máscara em Três Lagoas por causa da ação humana”, descreve Leona.
Enquanto grava o filme na Capital, a atriz segue defendendo a necessidade de uma mobilização geral para uma educação ambiental que ajude a mudar o cenário futuro.
E, falando sobre sensibilidade, Leona destaca a necessidade da arte seguir trazendo temas que costumam ser difíceis de trabalhar.
O filme toca nesses assuntos que normalmente não se toca. A arte tem a força de abrir discussões e trazer visibilidade. A minha personagem sofre de depressão profunda e tem uma filha com autismo. Então, pensando na depressão quase como uma doença do século e no autismo como algo muito comum, trazer esses temas é sempre uma forma de achar caminhos juntos”, completa Cavalli.
Diferente de Leona, Cat Dantas está conhecendo Mato Grosso do Sul pela primeira vez. Na rotina, ela detalha que viajar para gravar é uma espécie de loucura organizada.
Assim como a atriz que interpreta sua mãe, ela também comenta sobre os incêndios e a tristeza em ver o cenário. Mas, em contraste, as araras de Três Lagoas e de Campo Grande ganharam seu coração.
“Vi umas 15 araras por dia, eu mandava para as minhas amigas e elas perguntando se eu estava mesmo vendo casualmente as araras. Nunca tinha visto assim, livre, vi as azuis e foi coisa de filme”, conta.
Se dividindo entre tentar aproveitar os cenários e gravar, ela completa dizendo que a união com a experiência de interpretar uma adolescente com autismo faz a experiência ser única.
É incrível e nele (filme) eu faço a Ida, que é a personagem autista. Ela tem um nível mais avançado e a história em si é muito bonita porque mostra como o casal está cuidando da filha para que ela seja independente no futuro. Isso porque, no final, ela não vai ter nenhum dos dois”, diz Cat.
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