‘Árvore de crochê’ feita com 30 novelos vira paixão da mulherada
Ideia foi levada para Cras em Bonito e desenvolvida durante 2 meses para trabalhar autoestima
Ao ver Tereza Mandetta Castioni abraçada com a “árvore de crochê” é difícil pensar que alguém poderia ficar mais animado do que ela com a ideia. Inspirada pela cidade de Inconfidentes, em Minas Gerais, a técnica do serviço de convivência e fortalecimento do Cras (Centro de Referência da Assistência Social), em Bonito, passou os últimos dois meses transformando novelos em técnica para desenvolver a autoestima com um grupo de 20 mulheres.
“Os pontos mais abertos não prejudicam as árvores e adicionam um toque de cor especial ao ambiente. Essa ideia nasceu da percepção de que o crochê, além de ser uma terapia que requer concentração e habilidades motoras, também pode gerar renda para as mulheres da comunidade”, introduz Tereza sobre o projeto desenvolvido no grupo “Mulheres que criam”.
Ao todo, a mulherada precisou de 30 novelos para conseguir personalizar uma das árvores e, agora, a alegria está nos olhos de cada uma, como conta a técnica responsável pela ideia.
Para contextualizar como as atividades do tipo são transformadoras, Tereza detalha que as participantes são mulheres em situação de vulnerabilidade e que costumam ser atendidas pela assistência social da cidade. No caso do grupo, o objetivo é fortalecer os vínculos, complementar o trabalho com as famílias e, consequentemente, prevenir situações de risco social.
E, considerando que fazer crochê para uma árvore é algo diferente em Mato Grosso do Sul, a técnica explica que sua ideia veio durante uma viagem. “Eu vi em Inconfidentes as árvores assim. Chegando aqui, mostrei para as meninas, que na verdade são mulheres de 18 até 80 anos, e elas adoraram”.
O processo envolveu, primeiro, que as mulheres aprendessem a fazer crochê e criassem quadrados de tecido. Depois, cada peça foi unida para transformar uma das árvores do Cras.
“Elas estão extremamente entusiasmadas, tirando fotos, compartilhando dicas e expressando o desejo de expandir o projeto para outras áreas da cidade. É notável que a autoestima delas tenha melhorado significativamente desde que começaram as aulas de crochê”, conta Tereza.
Agora, a árvore servirá como mais uma decoração para o espaço e também como um lembrete do potencial do grupo. “Elas se sentem capacitadas e há o sentimento de realização ao verem seus trabalhos concluídos. Isso as motiva ainda mais a continuar produzindo e aprimorando as habilidades”, completa.
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