Com bom-humor incomparável, Beth e Betinha estreiam em documentário
Produção audio-visual exibe histórias que muita gente nunca ouviu fora dos palcos.
Contar a história de uma das duplas mais importantes de Mato Grosso do Sul pela visão das artistas e suas relações com o palco. Essa foi a ideia de Marinete Pinheiro, que dirigiu o documentário “Beth e Betinha”, com as estrelas que completam 62 anos de carreira.
O lançamento foi realizado neste sábado (23) no Sesc Cultura e contou com a presença de familiares, amigos e admiradores dispostos em conhecer histórias que, muitas vezes, ninguém ouve fora dos palcos.
O bom-humor, as piadas e diversão das irmãs apesar de tantos desafios pelo caminho iluminaram a noite. Ao todo foi um ano de produção do documentário, que começou com as lembranças da dupla, que fizeram história na música sul-mato-grossense, em uma década que as mulheres não tinham voz.
A carreira não tem mais a mesma força de antes, mas isso não transforma a narrativa do documentário em um drama. Direção, produção e as próprias artistas, preferiram mostrar detalhes que traduzem o amor da dupla pela música e as fazem não desistir de cantar para amigos e familiares da cidade.
“Elas são muito importantes, não queria um documentário para que o público saísse da sala de cinema com dó dar artistas, mas inspirados pela força, pela garra e pela trajetória de duas mulheres que continuam lutando. É um documentário visual pra vida, que de alguma forma eterniza a história delas”, conta Marinete.
A ideia de gravar, com Beth e Betinha, surgiu depois da diretora lançar o documentário “A Dama do Rasqueado”, em 2016, que narra a história de Delinha. “Foi conversando com Marcos Roker, ele falou no nome delas”, lembra. “Eu não conhecia tanto a história delas, mas entramos em contato com um dos filhos e elas toparam”.
A cada cena, o bom humor da dupla explica como cada uma se mantém brincalhona e enérgica. “Nossa vida não foi fácil, na estrada cantávamos porque tínhamos sete crianças para criar. Mas era uma alegria tão grande, o amor que a gente recebeu do público e o amor que a gente tem em cantar supera qualquer desafio”, diz Beth.
Durante meses elas se viram em frente às câmeras contando histórias da carreira. Hoje, com poucos shows, elas se encontram fazendo artesanatos. “Mas não lamento, faço tudo com muita alegria”, diz Betinha.
Eternizadas agora no cinema, a dupla quer continuar inspirando, especialmente, a família. “Que ninguém perca o amor pela música. Eu tenho muita fé que ao fazer música com amor, ela não é um peso, mas uma asa”, completa Betinha.