De acessório à decoração, projeto vende artesanatos de Moçambique
O Projeto Amigos de Moçambique realiza venda de produtos para ajudar crianças africanas em situação de vulnerabilidade
Com produtos para decoração e acessórios, o PAM (Projeto Amigo de Moçambique) realiza a venda on-line de artesanatos feitos por moçambicanos. Tem quadros para colocar na parede, porta-canetas e chaveiros de madeira, bolsas e até colares e pulseiras.
“Tem artesanato em madeira, cuia, tecido, pedra-sabão, o tipo de material depende da peça. São artesanatos produzidos com matéria-prima de Moçambique e alguns usam palha, capim, sementes para fazer os colares, pulseiras”, explica Veroni Kovaslki. Os preços variam e tem produtos a partir de R$ 30,00.
Veroni é tesoureira e faz parte do projeto há cinco anos. Passou a participar do PAM após conhecer a realidade das crianças que vivem em Moçambique. “Lá existe miséria absoluta, as pessoas não têm água, cama para dormir, cobertor, chinelo para pôr nos pés”.
A situação comoveu o coração de Veroni, que desde então passou a contribuir com a causa na tentativa de proporcionar qualidade de vida aos pequenos inocentes.
Os produtos costumavam ser vendidos nas feiras da Praça da Bolívia, que acontecia mensalmente em Campo Grande. No entanto, desde que o coronavírus se espalhou pela cidade, o evento foi suspenso. Agora, o jeito é apostar nas vendas on-line através do Instagram da Praça da Bolívia.
“O dinheiro arrecadado é para manter 153 crianças. Ajudamos dois projetos por lá, o Cica [Centro Infantil Criança Amada] e o orfanato Arcos Iris Machava”, diz Veroni. O recurso é enviado mensalmente, para que todos os assistidos possam ter as três principais refeições do dia e material escolar para garantir os estudos.
O PAM foi fundado pelo pastor Cláudio Machado Batista, em 2012. Mas, ganhou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) no começo do ano passado. “Começou quando trouxe uma família moçambicana para estudar no Brasil, ficou seis anos depois retornou pra lá. Em 2011, fui visitá-los e no ano seguinte passamos a desenvolver o trabalho social”, explica Cláudio.
“Começamos com o trabalho na escola, onde atendemos crianças de 4 a 11 anos. Construímos sala, banheiro. Mas, no fim deste ano, pretendemos deixar o projeto da escola caminhar sozinho e vamos apoiar mais ações com orfanato. Vamos pesquisar uma área carente para fazer outro orfanato”.
Anualmente, as pessoas que atuam com o PAM aqui em Campo Grande costumam viajar para Moçambique, para visitar às crianças e também trazer mais peças artesanais.
Além das feiras de artesanato, o PAM também realiza o “aniversário solidário”. “É quando organizamos um evento, tipo jantar, e vendemos o convite. Mas, ao invés do aniversariante pedir um presente para ele, coloca no papel o que deseja dos convidados em benefício do projeto”, comenta o pastor.
São diversos produtos para escolher e ainda colaborar com a causa. No entanto, aqueles que não puderem comprar, mas desejam contribuir com a ação, podem fazer doações avulsas através deste link (clique aqui).
“Ajudar não tem preço, por mais que a gente se desgaste e gaste o que não tem, vale a pena. Entendo que o ser humano quando abre o coração para ajudar o próximo, só tem a ganhar”, destaca Cláudio.
A sede do Projeto Amigos de Moçambique fica na rua Maranhão, nº 162 – Vila Célia. Os artesanatos estão sendo divulgados através do @pracabolivia.
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