De Camapuã, instrumentista precisa de votos para final de concurso mundial
De Camapuã para um mundo que ele nem imaginava existir. Aos 26 anos, o instrumentista Romário Amorim conquistou um lugar no Guitar Master, um dos grandes festivais de música do mundo. Hoje o artista depende do apoio do público para conseguir ser classificado para a final.
Concorrendo com outros 49 artistas de diversos países, ele é único brasileiro que foi selecionado na categoria Fingerstyle com a música Paraluza, de Celso Machado, sob os arranjos de Romário, feitos violão.
Ele conta que há muito tempo vem batalhando para conquistar a classificação e será uma super oportunidade de projetar o trabalho. "É uma visibilidade no mercado da música e quem promove o festival são pessoas renomadas no mundo da música", comenta.
Os instrumentos sempre estiveram presentes na vida de Romário. Mesmo assim, durante boa parte da vida não se interessou pela música, mesmo com influência familiar. "A música esteve sempre na minha infância, mas nunca executei e nem tive curiosidade em tocar. Fui criado na fazenda, via meus familiares tocarem, mas não me interessava", reforça.
Durante muito tempo, a rotina de Romário foi lidar com as tarefas da fazenda e com os cavalos. Chegou a quebrar o braço por 6 vezes durante as quedas. No último acidente é que o gosto pela música surgiu. "Na última fratura eu fiquei acamado e resolvi fazer algo, decidi pelo violão. Foram dois meses até eu aprender a tocar", descreve.
Sozinho, ele se dedicou ao violão e em pouco tempo de estudos já estava tocando com uma dupla sertaneja de Camapuã. Romário já participou de show de Luan Santana e Almir Sater, se mudou para Campo Grande e decidiu estudar música na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Hoje tem autonomia e toca os principais instrumentos de corda, como violão, banjo, guitarra, contrabaixo, violino e viola. Mas a principal paixão é o violão. "Pra mim, o instrumento é uma paixão, me sinto em viagem e acredito que a música caminha com a gente", declara.
Ele admite que se dedica inteiramente na execução dos instrumentos e não tem interesse em compor, mas acredita que ainda falta valorização para os profissionais. "O mercado é bem vasto, mas é limitado em questão de valorização quando você trabalha apenas como instrumentista no mercado da música", reclama.
Quanto ao Festival, a expectativa só aumenta e ele torce para que o público dê a oportunidade dele chegar à final, que será na Polônia, onde irá se apresentar para um público e uma bancada de jurados. "O Festival não para música autoral, mas de técnica e arranjos. Por isso a produção que fizemos já está disponível e quem tiver o maior número de likes no Youtube, será classificado", explica.
Na final, Romário concorrerá a 50 mil euros e 2 anos se apresentando pelo mundo.
Para ajudar o músico sul-mato-grossense Romário Amorim, basta clicar neste link e curtir o vídeo até o dia 30 de agosto.