Documentário lançado hoje conta a história dos 50 anos do grupo ACABA
Produção será exibida a partir das 19h no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo
A história do grupo ACABA começou lá em 1967, quando um grupo de adolescentes resolveu falar com música sobre conscientização ambiental, principalmente, sobre a preservação do Pantanal, assunto que era muito pouco discutido na época. Defendendo essa bandeira até hoje, agora a história do grupo é contada no documentário “50 Anos Grupo ACABA”, produzido pela Render Brasil.
A produção começou no fim de 2015 e o convite foi feito pelos próprios músicos, como parte das comemorações do meio século de existência do grupo. As filmagens foram feitas aqui em Campo Grande e em Corumbá, onde até chegaram a navegar pelo Pantanal durante oito dias. “Sem essa viagem não conseguiríamos captar o espírito do grupo de preservação ambiental e cultural”, afirma o diretor Fábio Flecha.
Por lá, tentaram resgatar toda a cultura que o grupo mostra em suas músicas, como a entrevista com seu Agripino, um mestre cururueiro. “O cururu é um tipo de viola pequena comum no Pantanal, faz parte de nosso folclore e está se perdendo. O ACABA tem uma música sobre esse instrumento. Ainda acontecem, não tanto como antigamente, festas tradicionais dedicadas a ele”, explica o diretor.
Além das entrevistas, também serão apresentados quatro videoclipes inéditos e algumas intervenções musicais. “Fizemos num formato um pouco diferente, tem os depoimentos, videoclipes e alguns momentos em que eles tocam músicas”, conta Fabio.
Valdir Barreto, vocalista do grupo, acredita que a mensagem que eles passam com sua música se propagará melhor com a história registrada nessa produção. “Nosso trabalho é focado aqui em nossa terra e temos orgulho de ter feito história em Mato Grosso do Sul e agora esse registro fecha um ciclo muito próspero de nossa carreira, espero que agora seja o início de outro”, reflete ele que começou no ACABA com apenas 10 anos de idade.
O engajamento já começa no próprio nome do grupo, ACABA quer alertar que nossas riquezas naturais podem um dia chegar ao fim. “Espero que nossa mensagem chegue cada vez a mais pessoas e que o Pantanal seja preservado da ganância humana”, pontua Valdir. Uma curiosidade é que o nome ACABA é uma sigla, que significa Associação dos Compositores Autônomos do Bairro Amambaí.
Eles existem desde antes da divisão do Estado e fizeram parte da criação do Estado. “Fomos convidados a tocar no primeiro hasteamento da bandeira de Mato Grosso do Sul, em Brasília, foi um momento histórico tanto para o Estado quanto para nós. Foi mais simbólico ainda porque chovia, havia uma manifestação da natureza”, lembra.
O documentário será exibido amanhã, a partir das 19 horas no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes. A entrada é gratuita, mas os ingressos são limitados, começando a ser distribuídos uma hora antes do evento.
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