Em preto e branco, exposição fotográfica é um autorretrato da luta de um povo
Com imagens que dispensam palavras, o fotógrafo indígena Dionedison Terena mostra a história do seu povo e a luta pela terra em Mato Grosso do Sul. Com fotografias em preto e branco, o trabalho é um autorretrato sobre indignação e dor.
O trabalho é diferente porque tem o olhar de uma das partes envolvidas nesse conflito. Dionedison tem 39 anos e nasceu na aldeia Bananal, em Aquidauana.
Ele mostra a realidade de etnias terena, guató, ofaié e guarani-kaiowá que compõe a exposição com 32 fotografias que ficarão disponíveis até o dia 15 maio no Museu da Imagem e do Som com a curadoria da jornalista Marinete Pinheiro.
Dionedison entrou para fotografia em 2007 motivado pelo que acontece com a população indígena em Mato Grosso do Sul. Atualmente vive na aldeia Água Bonita, em Campo Grande.
A exposição “Noneti – Uma câmera, um índio e 500 anos de opressão” acontece no MIS de 18 de abril a 15 de maio. O museu fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro. O horário de funcionamento é das 7h30 às 17h30 e a entrada é gratuita.