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Artes

Falta de recursos e atraso de editais são cobranças em debate com candidatos

Naiane Mesquita | 21/09/2016 23:46
Debate reuniu 11 candidatos a prefeitura de Campo Grande (Foto: Alcides Neto)
Debate reuniu 11 candidatos a prefeitura de Campo Grande (Foto: Alcides Neto)

Candidatos a prefeitura de Campo Grande participaram na noite de hoje de um debate sobre cultura na sede do Teatral Grupo de Risco. Ao todo 11 políticos compareceram a sabatina, que questionou a falta de investimentos municipais, o atraso no pagamento de editais, além da ocupação e preservação de espaços públicos.

Foram ao debate, os candidatos Marcos Trad (PSD), Alcides Bernal (PP), Athayde Nery (PPS), Adalton Garcia (PRTB), Suél Ferranti (PSTU), Marcos Alex (PT), Aroldo Figueiró (PTN), Rosana Santos (PSOL), Claudio Mendonça (PSDB), vice-candidato de Rose Modesto, Márcia Mega, representando Lauro Davi (PROS) e o vice de Marcelo Bluma, o candidato Fábio Lechuga (PV).

Com uma breve apresentação de três minutos, cada candidato teve o direito de expor o seu compromisso com a pasta. Bernal citou o aumento na verba destinada a 1% da cultura para os editais e culpou Gilmar Olarte pelos atrasos e falta de pagamento dos mesmos investimentos. Suel preferiu seguir a linha de que é o único partido ficha-limpa concorrendo ao cargo de prefeito.

Debate lotou o Teatral Grupo de Risco (Foto: Alcides Neto)
Debate lotou o Teatral Grupo de Risco (Foto: Alcides Neto)

Essa, inclusive, foi a primeira pergunta do debate. Levantada pelo diretor do grupo Mercado Cênico, Vitor Samudio, os candidatos foram convidados a responder sobre a aprovação, em lei, do 1% do orçamento municipal da cultura em 2013, mas que nunca foi colocado em prática. Claudio Mendonça garantiu que tudo que é considerado lei será colocado em prática, também fez questão de frisar que na gestão dele e de Rose Modesto firmará parcerias com o Sebrae, Sesi, além da iniciativa privada para possibilitar novas ações.

Marcos Alex também garantiu a aplicação do 1% para a cultura e prometeu investir em mais espaços públicos, transformar “armazéns” em casas de espetáculo e valorizar, criar a escola municipal de cultura, reformar e revitalizar o Paço Municipal.

Athayde Nery preferiu recitar um poema de sua autoria antes de responder a pergunta. Também defendeu o 1% para a Cultura e uma institucionalização da pasta, com a participação de colegiados e fóruns. Marcos Trad seguiu a mesma linha, reforçando que cultura “é uma profissão” e que a pasta precisa ser desburocratizada.

Rosana Santos ressaltou que é preciso dar voz aos meninos da periferia e discutir quem vai estar a frente dessas discussões.

O debate foi paralisado algumas vezes, duas delas pelos próprios candidatos, que pediram para ter o tempo de resposta reduzido de 2 minutos para 1 minutos e 30 segundos. Depois, para mudar a ordem de resposta do sorteio, intercalando a cada questão. Athayde aproveitou para “cutucar”, Marcos Trad, que o citava nas respostas referentes ao Plano Municipal de Cultura e o 1%, normalmente concordando com o que o candidato argumentava.

Logo depois foram abordados questões sobre preservação do patrimônio e memória de Campo Grande, a repressão da guarda municipal durante apresentações culturais na rua e propostas para a ocupação de espaços públicos. Marcos Trad deixou o debate após a terceira pergunta alegando compromissos na agenda. 

Para o presidente do Fórum Municipal de Cultura, Airton Rais, o dia foi histórico. “Esse é um dos papeis do fórum, promover esse tipo de diálogo para que os artistas tenham um momento, uma chance de ouvir as propostas para a cultura. Passamos por momentos difíceis nos últimos anos e queremos uma melhoria”, acredita.

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