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Artes

Há 12 anos na luta, professora criou banda para cultura afro vibrar

Acreditando crianças e adolescentes são o caminho, grupo da professora Rô reúne artistas para oficinas

Por Aletheya Alves | 14/06/2024 06:43
Professora Rô está há 12 anos se dedicando aos projetos sociais. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)
Professora Rô está há 12 anos se dedicando aos projetos sociais. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)

Pedagoga e arte educadora, Rosângela Maria do Nascimento, mais conhecida como professora Rô, faz de tudo um pouco. Mas, indo além da técnica, o que a mulher sempre acreditou foi na transformação e, lutando contra o preconceito e insistindo na valorização da cultura afro, ela criou uma banda para a herança de matriz africana vibrar com os mais novos.

Longe de ter começado a se movimentar agora, a professora conta que sua história tem mais de 12 anos. E, além de pedagoga e arte educadora, ela inclui as profissões de cantora, apresentadora, compositora e artesã na lista.

Com tudo isso junto, Rô detalha que acredita na música como uma ferramenta que pode mudar vidas e valorizar aquelas que já se foram. Mas, antes de criar a banda, quem veio primeiro foi o projeto Livres.

“Ele surgiu para quem tem dificuldades de aprendizagem, enquanto o Som do Afoxé (projeto musical) nasceu para perpetuar a voz do povo negro e sua cultura, sua música”, descreve a professora.

Explicando melhor sobre a ideia que, inclusive, é fomentada pela Lei Paulo Gustavo, Rosângela diz que desde o nome até as ações, tudo se complementa. “Afoxé significa na língua Iorubá, em algumas tradições, ‘a voz que fala’, ‘aquele ou aquela que diz’. O dizer sobre o povo e a cultura africana, vivenciada e preservada pelos negros e negras trazidos na condição do continente africano para o Brasil”.

Além da parte musical, ação também inclui oficinas sustentáveis. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)
Além da parte musical, ação também inclui oficinas sustentáveis. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)

Para a líder, a principal relevância é mostrar que o povo negro tem cultura de sobra com arte, música e diversidade.

“Afoxé significa também o poder de criar e reinventar, se reconstruir sem destruir a essência que há em nós e nos outros”, explica.

Na prática, um pouco de tudo isso é levado na trajetória da professora e, consequentemente, nas aulas.

“Realizamos oficinas de percussão, ritmos baianos e outros, roda de samba e suas variações que remetem à cultura afro-brasileira com instrumentos sustentáveis”. E, para garantir essa parte da sustentabilidade, o projeto também inclui oficinas de artesanatos afro e moda sustentável para o público em geral.

Hoje, depois de mais de uma década na luta, a professora completa que o último projeto integra sua história e o nome diz muito sobre. “O som que fala, a voz que diz sobre uma raça, um povo que não sucumbiu à escravidão. Afoxé, sim, porque o Brasil e o mundo precisam entender que o povo negro construiu a riqueza cultural que nos permeia e a riqueza gastronômica, musical e artística”;

Para quem quiser conhecer mais sobre as ações, o perfil do projeto no Instagram é @somdoafoxe.

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