ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 22º

Artes

Há 12 anos na luta, professora criou banda para cultura afro vibrar

Acreditando crianças e adolescentes são o caminho, grupo da professora Rô reúne artistas para oficinas

Por Aletheya Alves | 14/06/2024 06:43
Professora Rô está há 12 anos se dedicando aos projetos sociais. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)
Professora Rô está há 12 anos se dedicando aos projetos sociais. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)

Pedagoga e arte educadora, Rosângela Maria do Nascimento, mais conhecida como professora Rô, faz de tudo um pouco. Mas, indo além da técnica, o que a mulher sempre acreditou foi na transformação e, lutando contra o preconceito e insistindo na valorização da cultura afro, ela criou uma banda para a herança de matriz africana vibrar com os mais novos.

Longe de ter começado a se movimentar agora, a professora conta que sua história tem mais de 12 anos. E, além de pedagoga e arte educadora, ela inclui as profissões de cantora, apresentadora, compositora e artesã na lista.

Com tudo isso junto, Rô detalha que acredita na música como uma ferramenta que pode mudar vidas e valorizar aquelas que já se foram. Mas, antes de criar a banda, quem veio primeiro foi o projeto Livres.

“Ele surgiu para quem tem dificuldades de aprendizagem, enquanto o Som do Afoxé (projeto musical) nasceu para perpetuar a voz do povo negro e sua cultura, sua música”, descreve a professora.

Explicando melhor sobre a ideia que, inclusive, é fomentada pela Lei Paulo Gustavo, Rosângela diz que desde o nome até as ações, tudo se complementa. “Afoxé significa na língua Iorubá, em algumas tradições, ‘a voz que fala’, ‘aquele ou aquela que diz’. O dizer sobre o povo e a cultura africana, vivenciada e preservada pelos negros e negras trazidos na condição do continente africano para o Brasil”.

Além da parte musical, ação também inclui oficinas sustentáveis. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)
Além da parte musical, ação também inclui oficinas sustentáveis. (Foto: Divulgação/Som do Afoxé)

Para a líder, a principal relevância é mostrar que o povo negro tem cultura de sobra com arte, música e diversidade.

“Afoxé significa também o poder de criar e reinventar, se reconstruir sem destruir a essência que há em nós e nos outros”, explica.

Na prática, um pouco de tudo isso é levado na trajetória da professora e, consequentemente, nas aulas.

“Realizamos oficinas de percussão, ritmos baianos e outros, roda de samba e suas variações que remetem à cultura afro-brasileira com instrumentos sustentáveis”. E, para garantir essa parte da sustentabilidade, o projeto também inclui oficinas de artesanatos afro e moda sustentável para o público em geral.

Hoje, depois de mais de uma década na luta, a professora completa que o último projeto integra sua história e o nome diz muito sobre. “O som que fala, a voz que diz sobre uma raça, um povo que não sucumbiu à escravidão. Afoxé, sim, porque o Brasil e o mundo precisam entender que o povo negro construiu a riqueza cultural que nos permeia e a riqueza gastronômica, musical e artística”;

Para quem quiser conhecer mais sobre as ações, o perfil do projeto no Instagram é @somdoafoxe.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias