Perrengue não desanima quem mostra beleza da cheia no Pantanal
Fotógrafo André Bittar teve o privilégio de admirar a vida selvagem de perto no Pantanal cheio após chuvas
A viagem até uma fazenda no Pantanal em dias de cheia reserva bem mais que perrengues com a água entrando do carro. Em mais de 15 de horas de estrada, o fotógrafo André Bittar registrou a beleza da cheia no Pantanal, após anos de seca severa.
“O Pantanal está cheio, cheio de água, cheio de vida”, descreve o fotógrafo que há anos passa pela mesma estrada rumo à fazenda Barranco Alto. “Eu nunca tinha visto tanta água. Que experiência única passar de carro por essas águas, todo o perrengue se dissolve na beleza de ver o Pantanal mostrando sua força”, diz André. .
André lembra que depois do período de estiagem até outubro, o Pantanal começa a ser agraciado pelas chuvas a partir de novembro. Desde então as águas chegam a diversos cantos do bioma e é essencial para a beleza da natureza, que durante muito tempo sofreu com a seca.
“Presenciamos um período de estiagem esmagadora, com animais morrendo de sede e fome, pássaro indo na beira do rio e encontrando a seca, jacarés magros pela falta de água nas baías e salinas que acumulam água e alimentos para os animais. Eu presenciei muito isso. A gente sofre muito ao ver isso”, conta André.
São anos indo ao Pantanal a trabalho e passeio, por isso, ver as cheias que tomam o lugar é de deixar qualquer um emocionado, mesmo com os perrengues. “É água que entra até dentro da caminhonete. O maior perrengue, sem dúvida, é pegar a estrada. Mas no meio disso tudo é emocionante ver o Pantanal mostrando a sua força, dizendo para o homem “aqui não, aqui os animais vão viver”. É isso que eu penso, sinto que é o Pantanal se defendendo”, destaca.
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