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Polícia culpa pilotos pela queda de avião que matou Marília Mendonça

Acidente aéreo ocorreu em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, região Leste de Minas Gerais

Por Thailla Torres | 04/10/2023 10:24
De acordo com a investigação, os pilotos não realizaram o procedimento padrão de contato com profissionais antes do pouso em um aeródromo desconhecido.
De acordo com a investigação, os pilotos não realizaram o procedimento padrão de contato com profissionais antes do pouso em um aeródromo desconhecido.

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que a queda do avião que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas foi causada por negligência e imprudência dos pilotos, Geraldo Medeiros e Tarciso Viana, que também perderam a vida no acidente.

De acordo com a investigação, os pilotos não realizaram o procedimento padrão de contato com profissionais antes do pouso em um aeródromo desconhecido. A polícia considerou que houve homicídio culposo triplamente qualificado por parte dos pilotos, mas o caso foi arquivado devido à morte dos responsáveis.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira já havia divulgado um relatório que descartou falha mecânica como causa do acidente e apontou que a avaliação inadequada do piloto contribuiu para a tragédia.

O relatório do Cenipa destacou que os cabos de alta tensão estavam fora da linha de visão dos pilotos, uma vez que estavam focados na pista de pouso. Além disso, os equipamentos de energia eram de difícil percepção a grandes distâncias devido ao baixo contraste com a vegetação circundante.

No entanto, as investigações também revelaram que não havia necessidade de sinalização dos cabos de energia, uma vez que estavam fora da zona de proteção do aeródromo e das áreas de aproximação ou decolagem e possuíam uma altura inferior a 150 metros.

 Apesar disso, em setembro do ano passado, a Cemig, a companhia de energia de Minas Gerais, instalou uma esfera de sinalização em uma das torres de distribuição da empresa, onde o avião caiu. Essa instalação foi realizada seguindo uma recomendação excepcional do Cenipa e do Comando Aéreo, apesar de não haver embasamento legal ou técnico para isso, como reconhecido pelas duas instituições.

Em entrevista ao portal Metrópoles, a defesa do piloto Geraldo Martins de Medeiros considera que a conclusão da Polícia Civil de Minas Gerais é “absurda”. “Tecnicamente é um absurdo, se você pegar qualquer piloto, engenheiro que entenda de aviação, tudo que eles colocam lá [na conclusão] não tem o menor sentido”, explicou o advogado Sérgio Alonso ao Metrópoles.

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