Recitais em MS homenageiam Patápio Silva, um dos precursores do choro
O projeto “Patápio Silva – Primeiro Amor” iniciou neste fim de semana uma série de recitais em Mato Grosso do Sul, começando por Dourados, Ivinhema e Nova Andradina. O projeto celebra o legado do flautista e compositor Patápio Silva, um dos precursores do choro no Brasil.
O maestro Eduardo Martinelli e o violista Brenner Rozalez são os responsáveis pela homenagem. Juntos, eles realizarão 13 recitais por todo o estado, além de gravar nove faixas do compositor e se apresentarem em São Paulo e Nova York. A série é uma oportunidade para os sul-mato-grossenses conhecerem e apreciarem a rica herança musical de Patápio Silva.
Neste fim de semana, os recitais começaram em Dourados, no sábado (10); em Ivinhema, no domingo (11); e em Nova Andradina, na segunda-feira (12). Posteriormente, o projeto continuará sua jornada por Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Miranda, Coxim, Ponta Porã, Jaraguari, além das comunidades quilombolas de Tia Eva, em Campo Grande, e Furnas do Dionísio, em Jaraguari.
Além disso, mais dois destinos internacionais foram incluídos, como contrapartida com apoios externos. Itaocara (RJ), cidade natal de Patápio Silva, receberá uma homenagem especial, conectando o projeto às raízes do compositor. Já Paris, na França, será cenário de um recital que ampliará ainda mais o alcance e a visibilidade do legado musical de Patápio Silva além das fronteiras brasileiras.
Para o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, os recitais são uma fonte de inspiração. “Estamos resgatando e valorizando a riqueza da nossa herança cultural. Sem dúvida, é um projeto que reflete nosso compromisso com a promoção das artes e a preservação da história musical do Brasil. Além disso, proporcionará aos sul-mato-grossenses a oportunidade de se conectar com a nossa tradição e se inspirar na criatividade e no talento de um verdadeiro mestre da música”.
“Ao trazer a música de Patápio Silva para os palcos de Mato Grosso do Sul, estamos honrando sua contribuição para o choro e também reforçando nosso compromisso com a valorização das nossas raízes e da diversidade artística”, salienta o diretor-presidente da FCMS, Eduardo Mendes.
Eduardo Martinelli destaca que Patápio Silva foi um compositor e instrumentista de talento raro, cuja obra representa uma síntese única de sua vida e um equilíbrio musical incomparável. Nascido em Itaocara (RJ), Patápio tocou em diversas bandas do interior e se destacou como mestre da Lira Guarani. Seu talento o levou ao Instituto Nacional de Música, onde se especializou em flauta.