A beleza das flores na hora da morte: o difícil trabalho de Hozana

“Em uma floricultura, quando olha um catálogo de flores, as coroas para homenagear os entes queridos que partiram ficam sempre por último”. Essa é uma observação feita por Hozana Cristina de Souza Silva, proprietária de uma boutique especializada em coroa de flores, a Tutto in Fiore, em Campo Grande.

Depois de ter trabalhado durante anos para uma grande rede de funerárias na cidade, Hozana tenta, há seis meses, fazer dar certo seu próprio negócio e se especializar na montagem de coroas de flores que fujam da estética tradicional.

“A primeira coisa que priorizo quando vou montar uma coroa de flores é a matéria prima. Como é um produto sazonal, tenho que escolher sempre flores diferentes, mas que mantenham o padrão pensando por nós”, explica Hozana.

A empresária conta que não vê a coroa de flores como uma atitude simples na hora da morte. “Acho que as flores transmitem todo o amor que a família e amigos têm por quem se foi, bem como serve para acalentar e consolar os que ficaram, por isso deve ser uma coisa bem feita”.

Segundo Hozana, em sua propostas é preciso ter certo contato com os familiares, entender a dor deles e quem a pessoa que se foi significa para eles. As coroas são compostas, inclusive, de acordo com essa conversa. “Eu penso que as coroas traduzem a beleza da pessoa que partiu, por isso ele deve ser bonita também”.

Sobre esse ano, Hozana conta que realmente tem atendido muitas pessoas vítima do coronavírus, o que faz dessa época uma das mais complexas para se trabalhar. “Eu mesmo perdi minha vózinha, uma referência pra minha família, que sempre foi muito unida. Acho que é um período de união, para todo mundo se ajudar”, destaca.

Para acompanhar o trabalho de Hozana, acesse o perfil no Instagram de sua loja.

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