Antes de camareta, música foi responsável por criar amor
Francis e Mara se conheceram graças à música clássica e desde então desenvolvem projetos juntos
Levando violinos, violas de arco, violoncelos, contrabaixo acústico e um piano por Mato Grosso do Sul, a camerata de Francis David Vidal também carrega consigo uma história de amor. Isso porque antes mesmo do projeto se tornar realidade, o maestro e uma das violoncelistas foram unidos justamente pela mágica resultante da música clássica.
“Ela caiu no meu jogo”, brinca Francis sobre como conquistou o coração de Mara Vidal. Antes de se conhecerem, os dois já estavam ligados pela música, mas só descobriram essa relação através de festivais.
Rememorando, Francis conta que os dois passaram a saber da existência um do outro através de um amigo que também é músico. “Eu já tinha visto ela em um festival e, quando fiquei solteiro, pedi para ele me apresentar para ela. Lembro que ele disse que eu não tinha chance porque ela não dava moral para ninguém”.
Mas, assim como insistiu nas conquistas musicais, o romance com Mara também foi assim. E, após algumas semanas, os dois estavam namorando,
“A gente pode resumir que a música nos uniu tanto por conta da nossa relação quanto pelos objetivos. Muitos projetos que a gente consolida hoje, que desbravamos a música erudita, é graças ao apoio um do outro”, comenta.
Exemplificando esses projetos, a camerata talvez seja o maior do presente e que vinha sendo sonhado há tempos. “Eu não gosto da ideia de que a música clássica esteja presente só nas maiores salas de música, mas não entre as pessoas”, introduz Francis.
Com a camerata possuindo investimento do FIC (Fundo de Investimentos Culturais), os 13 artistas levam a música para lugares não convencionais por Mato Grosso do Sul.
Sobre seu envolvimento com a arte, Francis narra que desde muito pequeno se encantou pelo mundo da música. E, com o passar do tempo, teve a certeza de que sua história de vida seria dedicada à arte.
“Eu sabia que essa seria minha profissão e que não conseguiria ser feliz fazendo outra coisa. Como sou solista, preciso ter uma rotina de estudos longa todos os dias, tem uma série de coisas e, para entender, a pessoa que está ao meu lado precisa mesmo ser da área”, comenta o maestro.
Violoncelista, Mara conta que sua trajetória na música começou ainda criança e, desde então, já sabia que queria seguir carreira na área. “Os estudos de violoncelo foram só aos 18 anos de idade quando mudei da minha cidade natal para ingressar no conservatório dramático e musical de Tatuí”, explica.
E, em meio às participações em festivais musicais de cidades variadas, ela conheceu Francis. Mas, como o maestro já contou.
Por envolver tantos fatores, Mara conta que não entende a camerata como um projeto, mas um propósito. “Penso que é algo que praticamente nasceu com a gente. Talvez eu tenha nascido com essa ideia e ele também. A música une pessoas e nos uniu nesse mesmo propósito: continuar propagando a beleza da harmonia e do som em todos os corações”.
Assim como ocorre com a camerata, o trabalho em dupla ocorre em todos os sentidos, como Mara detalha. “Apesar de também tocar no grupo, ele é a pessoa que mostra a cara e eu fico na parte operacional também. Nós ensaiamos juntos, escolhemos repertório, escrita de arranjos, tudo o que envolve o trabalho em si”.
E, com uma visão geral sobre como a música pode ser algo encantador e que escreve histórias, Mara concorda que ela pode desenvolver narrativas incríveis.
“Como digo, a música une pessoas, a harmonia é algo mágico, vem do céu. Fizemos muitos amigos, conhecemos pessoas de várias partes do Brasil e também de fora. Até mesmo quando damos aula de música, não consideramos os alunos como simples alunos, consideramos como nossos amigos e sempre tem essa relação muito boa. A música permite isso, é algo mágico”, completa.
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