Ao abrir cápsula do tempo, emoção foi ver que namoro de escola vingou
Escola Joaquim Murtinho abriu uma das cápsulas do tempo que foram enterradas e emocionou ex-alunos
Ex-alunos e professores da Escola Estadual Joaquim Murtinho, tradicional em Campo Grande, se reuniram na noite de sábado (13) para abrir uma “cápsula do tempo”. O objeto foi enterrado há seis anos no gramado e estava previsto para ser aberto em 2020, mas a pandemia adiou a abertura.
O evento emocionou quem esteve presente, mas também fez muita gente dar risada. Alguns se diziam envergonhados com o que escreveram a ponto de querer colocar fogo na lembrança, mas a maioria abriu as cartas com ansiedade e se divertiu com as memórias.
Oito turmas do terceiro ano de 2015 colocaram suas lembranças, sonhos, fotos e até pendrive dentro da cápsula. Para que não houvesse confusão na abertura, as cartas das respectivas turmas foram lacradas em pacotes plásticos. Na abertura, representantes de cada turma receberam o pacote.
Quem teve a ideia de enterrar a cápsula foi o diretor Cláudio Morinigo, à época professor de História na escola. “Eu acho importante escrever e ler nossos próprios sonhos, projetar aquilo que desejamos ser no futuro e refletir sobre as nossas mudanças”, justifica o professor.
Em 2015, foram mais de 300 cartas enterradas, mas noite de ontem poucos compareceram. “Muitos não quiseram participar, mas a gente achou importante abrir mesmo assim. É algo que faz parte da nossa história. Que ao rever essa carta, cada aluno possa matar a saudade da adolescência, das amizades e se orgulhar daquilo que conquistou ou que está lutando para conquista”, acrescenta o diretor.
Leonardo Rolemberg, de 23 anos, foi o único ex-aluno que se dispôs a ler sua carta para todos os convidados. À época falou dos amigos, dos professores e do amor pela escola. Mas um dos seus desejos era estar com a namorada Thais Rodrigues, de 23 anos, quando lesse a carta novamente e ele se realizou.
Ontem, a namorada estava presente e ficou emocionada ao ver que o namoro de escola vingou. “Estamos há 8 anos juntos e muito felizes”, comemorou Thais, que não estudou no Joaquim Murtinho, mas conheceu o seu amado na fase da escola e da adolescência.
Fredy Samuel, de 26 anos, também se emocionou ao ler a carta longa que escreveu e ver que o sonho de se tornar psicólogo foi realizado. “Eu também escrevi que queria morar fora e hoje moro em São Paulo. Fiquei muito feliz. Fiz questão de vir para Campo Grande só para participar da abertura da cápsula”.
A administradora Letícia Hanna, de 23 anos, se sentiu fortalecida. “Foi muito bom ver sonhos realizados e ver também o quanto eu aproveitei a escola, os amigos, a adolescência. Eu disse na minha carta que sonhava em fazer administração e venci, consegui me formar”, disse.
Ana Maria Bispo, que há 12 anos trabalha na portaria do Joaquim Murtinho também esteve presente e ficou feliz ao saber que foi citada em muitas cartas. “Essa meninada vira filho e filha da gente, não tem jeito. Eles mudam, vão pra longe, mas eu não me esqueço do rosto de ninguém. Às vezes, posso não lembrar o nome, mas o rostinho eu não esqueço”, disse emocionada.
Lucilio Nobre, ex-diretor da escola, também esteve presente e deixou mensagem motivadora. “Que ninguém deixe de sonhar e lutar pelos seus sonhos. Na minha época, também enterramos uma cápsula do tempo, confesso que não lembro o que escrevi, mas me orgulho. Se orgulhem da história de vocês”, finalizou.
O encontro emocionantes terminou em risadas, abraços e rodízio de pizza na quadra da escola.
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