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Comportamento

Aos 19 anos, Francisco viveu sonho de jogar na Seleção com ídolo Pelé

Ex-jogador recebeu convite do Exército para prestar homenagem ao 'Rei do Futebol' nesta semana

Jéssica Fernandes | 27/04/2023 07:02
Em 1959, Francisco (agachado) jogou ao lado de Pelé no Exército. (Foto: Arquivo pessoal)
Em 1959, Francisco (agachado) jogou ao lado de Pelé no Exército. (Foto: Arquivo pessoal)

Francisco Gonçalves Pereira, de 83 anos, era um jovenzinho de 19 anos quando foi convocado para servir o Exército Brasileiro em 1959. Natural de São Caetano do Sul, ele jogava futebol no interior de São Paulo e estava longe de integrar a Seleção Brasileira quando virou companheiro de equipe de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Após quase 4 meses desde o falecimento do ‘Rei do Futebol’, Francisco recebeu um convite ilustre do Centro de Capacitação Física do Exército e da Comissão de Desportos do Exército. Na próxima sexta-feira (28) será realizada cerimônia de homenagem ao Pelé com a participação dos antigos companheiros de time e soldados que serviram no mesmo período.

Seleção do Exército Brasileiro disputou campeonato Sul-Americano (Foto: Arquivo pessoal)
Seleção do Exército Brasileiro disputou campeonato Sul-Americano (Foto: Arquivo pessoal)

O convite fez Francisco voltar ao passado e recordar os tempos em que se dividia entre as obrigações do quartel e a Seleção Militar Brasileira. Ao Lado B, ele relata como foi ‘descoberto’ pelo Exército há 64 anos.

“Eu morava em São Caetano do Sul e tinha um capitão que ia nas federações para saber qual jovem estava pronto para servir. Eles me descobriram e começaram a falar que iam vários jogadores”, afirma.

Entre os jogadores que estavam na idade de cumprir o serviço militar estava Pelé. Com 18 anos, o atacante integrava a Seleção Brasileira que em 1958 ajudou a ganhar a Primeira Copa do Mundo. Pelé já vivenciava a fama que o seguiria até o falecimento em 29 de dezembro de 2022.

Francisco comenta que Pelé despertava admiração nele e nos colegas. “Ele já tinha jogado a Copa do Mundo e a gente estava muito admirado com a fama que ele tinha na época. Ele era o herói da gente”, fala.

O ‘herói’, conforme o ex-jogador, também era um bom soldado e colega de time. “Ele sempre foi gente boa, tratava todo mundo bem quando servia conosco e nosso time eram só jogadores profissionais que estavam na data de servir, fizemos um bom time”, ressalta.

Atuando na Seleção Militar Brasileira na posição de médio volante, Francisco não esquece da vitória no Campeonato Sul-Americano. “Ganhamos da Argentina de 2 a 0”, revela.

Morando em Campo Grande desde 1973, Francisco não quis seguir carreira no Exército, pois a paixão dele era o esporte. “Não quis seguir carreira porque já era um jogador profissional. Me dediquei mais ao futebol, completei meu tempo e depois joguei no Corinthians, na Argentina”, relata.

Na Capital, ele atuou no Comercial onde ficou 20 anos trabalhando. “Só não fui presidente”, conta. Na sexta-feira, Francisco não sabe quantos amigos irá rever, pois sabe que muitos faleceram. “Mas graças a Deus que lembraram da gente”, completa.

Além da cerimônia de homenagem, a programação no Rio de Janeiro prevê jogo comemorativo no Estádio Cap. Claudio Coutinho e almoço de confraternização.

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