Apaixonada por anatomia, Manoela foi aceita em ‘clube de gênios’
Criança campo-grandense de 6 anos passou por avaliações do Mensa e QI alto garantiu sua entrada
Além de brincar de pega-pega, Manoela Tomazine Coelho se diverte aprendendo sobre as partes do corpo humano e, após descobrir que o tio era médico-cirurgião, decidiu que é essa a profissão que quer seguir quando crescer. Notando que alguns interesses e atitudes da filha se diferenciavam do “comum”, Marcos Coelho e Jordana Tomazine encaminharam a menina para profissionais e receberam avaliações de que Manoela se destacava com seu QI (quociente de inteligência). Foi assim que a campo-grandense entrou para o Mensa, um “clube de gênios” mundial.
Hoje, não há dados sobre a quantidade de sul-mato-grossenses que integram a associação, mas Jordana explica que a informação recebida é de que realmente são poucos. Fundado em 1946 no Reino Unido, o Mensa promove encontros, mentorias e oficinas, mas para a família, o principal benefício é existir uma rede que possa abrir portas no futuro e auxiliar no desenvolvimento de Manoela.
Explicando melhor sobre o processo de avaliação, Jordana detalha que as percepções sobre a filha começaram cedo. “Ela sempre foi uma criança muito atenta, muito tranquila, mas guardava detalhes. Por exemplo, dias depois de te ver, ela me conta sobre a visita e cita a cor da sua roupa, o sapato que você estava usando. Não por estar reparando, é algo inconsciente mesmo”.
A alfabetização rápida da menina também foi um ponto de atenção, assim como o gosto pelo conhecimento. “Quando ela era menor, ainda nem sabia ler, o Marcos falou para ela a localização dos países e rapidamente ela guardou. Depois, a gente perguntava e ela sabia exatamente”, diz.
Além disso, a curiosidade mantendo uma boa lógica e a rapidez para o aprendizado em geral se somaram às observações. Foi após uma série de consultas com o pediatra de Manuela que as avaliações começaram a ser pensadas.
No consultório, ela começava a fazer perguntas detalhadas e começou a ter mais gosto pelo corpo humano. A gente comprou uma série de livros infantis e ela foi aprendendo, tanto que hoje sabe muito da anatomia. Foi assim que o dr. Walter Peres disse que havia algo de diferente com ela, com a inteligência, mas que a gente precisaria descobrir o que era, relata Jordana.
Com indicação do pediatra, a família procurou uma neuropsicóloga e realizou uma série de testes para verificar a inteligência de Manuela. “Ela se destacou em vários campos do conhecimento. Normalmente, há um campo, mas com ela foi diferente”.
A partir dessas informações, o pai começou a fazer buscas e encontrou o Mensa. “Além da inteligência geral, a Manuela também precisa desenvolver habilidades para usar na vida como a inteligência emocional, a sociabilidade, enfim, e a gente precisa saber como lidar melhor com ela para ajudá-la. O Mensa tem uma rede de apoio e esse é um dos motivos para o nosso interesse”.
Hoje, além de celebrar o ingresso da filha, os pais explicam que é importante dividir o conhecimento com outras pessoas. “Muitas vezes, seu filho tem um interesse enorme, é questionador, mas você acha que é má educação ou algo ruim por falta de conhecimento mesmo. É importante se atentar porque, às vezes, você está fazendo com que ao invés dele seja excepcional, ele se torne mediano”.
Marcos completa o pensamento da esposa dizendo que a procura por profissionais é essencial. Tanto para o diagnóstico quanto para prosseguir na educação das crianças. “Vá atrás dessa ajuda, dessa avaliação. Essa é a forma da gente ajudar nossos filhos a terem um futuro melhor e possibilitar que essa inteligência seja bem desenvolvida”.
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