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Comportamento

Após 32 anos de amizade inabalável, aventura vira tatuagem em 4 amigas

História é o que não falta para essas quatro mulheres que se divertiram na sessão de tatuagem juntas

Jéssica Fernandes | 31/10/2021 07:55
Tatuagem de coração com flor é simbolo da amizade de três décadas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Tatuagem de coração com flor é simbolo da amizade de três décadas. (Foto: Arquivo Pessoal)

Quem nunca teve aquele amigo ou amiga com quem planejava compartilhar a vida até ficarem “velhinhos”?  Ao decorrer dos anos, alguns laços de amizade são rompidos, enquanto outros se fortalecem. Quando a segunda alternativa acontece, não faltam histórias, bons momentos para lembrar e afeto para sentir.

Amigas há 32 anos, Antônia Cristina, 45 anos, Remary Rezende, 44 anos, Dayse Mara, 43 anos, e Jane Socorro Alves, 48 anos, decidiram simbolizar décadas de parceria fazendo uma tatuagem no punho. Com o desenho de um coração e uma flor na ponta, os traços delicados marcaram mais uma aventura vivida por esse grupo de mulheres.

O Lado B conversou com as amigas que esbanjam bom humor para saber um pouco mais sobre essa história da tatuagem e descobrir como começou a amizade que sobrevive até os dias atuais.

Da esquerda para a direita, Jane, Antônia, Remary e Dayse Mara. (Foto: Arquivo pessoal)
Da esquerda para a direita, Jane, Antônia, Remary e Dayse Mara. (Foto: Arquivo pessoal)

Tudo começou no período da infância, quando elas se conheceram na Escola Municipal Professor Arlindo Lima, região central de Campo Grande. A conexão criada na sala de aula, durante as brincadeiras no pátio do colégio, trabalhos em grupo, festas de família ficou cada vez mais forte e elas nunca mais se desgrudaram.

Sejam nos momentos bons ou ruins, as amigas sempre estão presentes para apoiar uma a outra e dar broncas quando necessário. “Temos um grupo e nos falamos o dia todo, quando uma não responde, outra liga, pergunta, dá ralo. Nós também ficamos bravas uma com a outra, então, não são só rosas, mas somos iguais irmãs e procuramos estar juntas”, conta Antônia.

Na busca por estarem sempre juntas, as meninas deram um jeito de inventarem mais uma moda. A ideia surgiu no ano passado, porém somente no dia dois deste mês, a tatuagem saiu do papel para ganhar espaço na pele delas.

Grupo tirou foto no estúdio de tatuagem. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grupo tirou foto no estúdio de tatuagem. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com exceção da Remary, a tattoo foi a primeira para as outras mulheres. A Dayse conta que todas estavam com medo da possibilidade da sessão doer mais que o desejado. “Todo mundo estava morrendo de medo de qual lugar íamos fazer para não doer. Nós pensamos em fazer no ombro, fizemos pesquisas e vimos que no pulso doía menos”, fala.

Na questão de sentir dor, todas foram unânimes e elegeram a Jane como a pessoa que mais sofreu com a experiência. Ela confirma a informação e revela que, mesmo não sendo o estilo dela, fez a tatuagem e não se arrepende. “Queria algo que simbolizasse a nossa amizade, que é muito bonita, mas meu Deus do céu, dói demais. Eu não ia fazer por conta do medo, não gosto muito de tatuagem, mas acabei fazendo. Eu não me arrependo, mas fazer outra jamais”, ri.

Ao Lado B, Remary confessou que sempre que fazia alguma tatuagem, as meninas perguntam sobre a dor, porém ela nunca admitia que sentia desconforto na sessão. “Eu tenho quatro tatuagens, sempre que fazia, postava na internet e elas falavam que ficavam lindas. Eu falava que não doía, até parece que ia contar, elas iriam desistir", brinca.

Depois da aventura, as mulheres fizeram reunião no café da manhã. (Foto: Arquivo Pessoal)
Depois da aventura, as mulheres fizeram reunião no café da manhã. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois de fazerem a tatuagem, as companheiras seguiram para a casa de uma delas e tomaram o café da manhã. Como acontece toda vez que se encontram, a reunião foi marcada por muitas risadas, fofocas e animação. “Quando nos encontramos, todas querem falar juntas, conversamos muita coisa e damos apoio uma para outra. Se brigamos ali, também resolvemos ali mesmo”, afirma Remary.

Movidas pela amizade, os 32 anos compartilhados juntas, segundo Dayse Mara, passaram voando. “É tanto tempo, que eu não tinha notado, é uma vida, desde a 5º série. Nós temos muitas histórias, acompanhamos todas as fases e marcar isso com a tatuagem é um presente”, expressa.

De acordo com Antônia, o amor que sentem uma pela outra também influencia os familiares. “Procuramos aproximar os maridos, filhos e é satisfatório, porque hoje em dia, as amizades são tão rotativas”, conclui.

As meninas, por hora, ainda não estão com planos de fazerem outra tatuagem juntas, mas a Antônia já quer fazer mais uma. Dessa vez, será com a amiga Rosângela Sanches, a Rosinha.

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