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Comportamento

Com poços secando, turma precisa apelar para não ver mais água faltar

Alunos de escola indígena se mobilizaram em ação para pedir que solicitações sejam enviadas aos deputados

Por Aletheya Alves | 18/10/2024 07:23
Materiais de publicação incluem desenhos feitos por alunos. (Foto: Divulgação)
Materiais de publicação incluem desenhos feitos por alunos. (Foto: Divulgação)

Há anos, os poços artesianos nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, não secavam, mas em 2024 a situação se tornou preocupante ao nível de alunos se mobilizarem. Integrando uma série de ações, o “em todas as torneiras” traz como ideia convencer a Câmara dos Deputados a viabilizar um projeto de construção de super poços nas comunidades.

Explicando sobre as ações e a mobilização dos alunos, a professora Jane Corrêa Alves Mendonça comenta que tudo faz parte do Ecossistema de Inovação de Dourados (um espaço que reúne instituições públicas e privadas). Especificamente no caso dos alunos, o projeto geral se chama “Arandu Roky”, que significa “nascendo ideia”.

“É uma iniciativa voltada para inovação e desenvolvimento de soluções comunitárias em aldeias indígenas, com foco na conscientização e preservação de recursos hídricos”, descreve a professora. Com atividades educativas e culturais, os alunos do 9º ano da Escola Municipal Indígena Araporã e do Ensino médio Índigena Guateka - Marçal de Souza, a intenção é pensar sobre a gestão saudável da água.

No caso, os adolescentes são incentivados a pensarem em ideias inovadoras para resolver problemas como acesso à água potável e saneamento básico.

Crise hídrica em aldeias é o foco do projeto. (Foto: Arquivo pessoal)
Crise hídrica em aldeias é o foco do projeto. (Foto: Arquivo pessoal)

Durante esse processo, um dos mentores teve a ideia de propor para que, em 2025, fossem construídos super poços. Assim, a captação de água seria maior e o problema que se torna cada vez mais crítico ficaria no passado.

Mas, para isso se realizar, o caminho pensado foi pressionar a Câmara dos Deputados. Aqui entram os alunos com uma série de publicações nas redes sociais.

Para conseguir reunir materiais a serem publicados, os adolescentes têm desenhado e pensado em formas de convencer o público a contribuir. Através de artes e vídeos, eles pedem para que e-mails sejam enviados aos deputados falando sobre a necessidade de pensar a questão hídrica em ambas as aldeias.

“Projetos como o Arandu Roky são essenciais para engajar os alunos no enfrentamento dos desafios da sua própria comunidade. Eles não só aplicam na prática o que aprendem em sala de aula, como também desenvolvem habilidades de inovação, liderança e empreendedorismo. Essa experiência contribui para formar cidadãos mais conscientes e preparados para serem protagonistas em transformações sociais e ambientais, tanto localmente quanto em um contexto mais amplo”, completa a professora.

E, para conferir as ações e tender como contribuir, o perfil no Instagram é @emtodasastorneiras.

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