Corrida fez turma virar uma família, que faz até aniversários juntos
Há dois anos, empresário criou grupo para incentivar pessoas a começarem e não desistirem do esporte
Para incentivar o pessoal a começar e não desistir da corrida, Ederson Santana Rodrigues criou um grupo que acabou virando uma grande família. Com 175 participantes, o Pacce Runners existe há dois em Campo Grande e hoje o pessoal se reúne até para fazer festa.
No último final de semana, a turma se reuniu para celebrar o segundo ano de atividades. A festa, que ocorreu no dia sete deste mês, antecedeu um treino coletivo realizado à noite no Parque do Sóter, no Bairro Conjunto Residencial Mata do Jacinto.
Seja na hora de treinar ou celebrar, a união resume a essência do grupo. O idealizador fala que a proposta do Pacce Runner é motivar novos praticantes da atividade física. “Percebi que havia a necessidade de criar um grupo de corrida para acolher os colegas que corriam juntos. Com nova gestão, pensamentos, ideias e uma maneira diferente de acolher pessoas”, fala.
Além do acolhimento, a motivação é outra característica que movimenta a turma. O empresário explica que a ideia não é ser uma assessoria e sim um projeto social. “Sempre nos encontros costumo dizer que o Pace não é uma assessoria esportiva, não tem mensalidade e não passamos planilhas ou educativos. Somos um grupo onde o principal objetivo é juntar pessoas para praticar a corrida, incentivar e motivar”, destaca.
O grupo é aberto para pessoas que estejam em qualquer nível da corrida, desde aqueles que estão começando a fazer caminhadas aos que já disputam provas. Mesmo não sendo a intenção, o negócio rendeu amizade para além das corridas coletivas realizadas às terças e domingos. A cada dois meses, a turma celebra o aniversário dos participantes de uma forma diferente: treinando. Quando a corrida acaba, a festa continua com bolo e tudo mais.
Uma das participantes é Danny Oliveira que neste ano compartilhou sua história pelo Lado B. Corredora há quatro anos, ela iniciou na modalidade como uma forma de lidar com o luto materno. Já em 2023, a atleta ingressou no grupo onde conheceu pessoas com histórias semelhantes e inspiradoras.
“O que eu gostei do grupo é justamente o fato de não ser uma assessoria.. É um grupo de amigos que incentivam uns aos outros. Ali tem muitas pessoas que têm muitas histórias de superação. Isso ajuda muito na questão do coletivo, da comunidade”, destaca.
Diagnosticado com parkinson há três anos, Rildo Gomes da Silva descobriu o grupo através da esposa e da filha. Na época, ele não praticava a atividade, mas hoje faz corridas diárias, pois foi isso que o ajudou a melhorar a saúde física. Quando entrou para o Pace Runners, o empresário relata que mal conseguia andar.
“O grupo é mais que uma família. Quando comecei, eles me ensinaram a andar de novo. Meu lado esquerdo estava paralisado e cada um foi me ajudando a dar um passo, dois e começar a correr de novo”, fala.
Rildo segue fazendo tratamento médico, mas garante que a corrida foi fundamental para melhorar a saúde física. “Eu troquei o parkinson pelo esporte e é essa a vida que levo hoje. Eu trabalho normal, tenho 54 anos e hoje tô muito mais feliz. Eu corro hoje 5km, 7km e participo das provas graças a colaboração do pessoal”, pontua.
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